Afinal, Governo não quer cortar nas reformas antecipadas

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José Coelho / Lusa

Maria do Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social

Governo não vai tocar em “nenhum direito adquirido” quanto às reformas, garante ministra do Trabalho: “não vai haver cortes, nem vai haver nenhum prejuízo dos direitos adquiridos dos pensionistas”.

A ministra do Trabalho assegurou esta terça-feira que o Governo não vai tocar em “nenhum direito adquirido” quanto às reformas, remetendo para as conclusões do grupo de trabalho agora lançado qualquer eventual mudança nas reformas antecipadas.

Rosário Palma Ramalho criticou as declarações do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que na terça-feira acusou o Governo de ter como “verdadeira agenda para as pensões” o corte de direitos adquiridos e recusou compactuar com a limitação às reformas antecipadas.

“Eu de facto ouvi essas declarações e fiquei até um pouco perplexa, porque é a primeira vez que vejo um líder do Partido Socialista antecipar conclusões relativamente a um estudo que ainda não foi feito, de um grupo de trabalho cujo despacho nem sequer foi publicado. Nós não fazemos política assim, nós primeiro estudamos e depois reformamos”, respondeu a governante.

“Não vai haver cortes nem prejuízo”

Questionada por várias vezes se o Governo se prepara para colocar um travão às reformas antecipadas, como noticiou na segunda-feira o Correio da Manhã, a ministra começou por garantir que “não vai haver cortes, nem vai haver nenhum prejuízo dos direitos adquiridos dos pensionistas”.

Perante a insistência dos jornalistas se esse travão se pode vir a aplicar no futuro, Rosário Palma Ramalho respondeu: “Para o futuro, ver-se-á o que é que vai acontecer, mas tudo depende das conclusões do Grupo de Trabalho”.

“Volto a dizer que não antecipo absolutamente nada, mas os portugueses têm que estar absolutamente tranquilos que nenhum direito adquirido — ao contrário do que me pareceu retirar das declarações do secretário-geral do PS – será tocado”, disse.

Esta segunda-feira, foi anunciado que o Governo criou um grupo de trabalho para estudar uma reforma da segurança social e que o regime de reforma antecipada podia ter os dias contados.

De acordo com o documento, o grupo de trabalho vai proceder “a uma revisão atuarial da taxa contributiva global do Sistema Previdência” e “promover uma análise integrada da sustentabilidade, adequação e equidade intra e intergeracional dos sistemas públicos de proteção social, englobando o Sistema Previdencial, o regime de proteção social convergente da Caixa Geral de Aposentações, e o Sistema de Proteção Social de Cidadania, considerando as diferentes eventualidades cobertas, com uma visão estratégica de longo prazo do Sistema Integrado da Segurança Social”.

ZAP // Lusa /

3 Comments

  1. “Nós não fazemos política assim, nós primeiro estudamos e depois reformamos” estudam tanto que estamos cada vez mais na miséria…

    • A esquerdalhada anda completamente desorientada. Até o P.N. Santos já desdisse o que antes tinha defendido sobre a imigração. A amnésia dá cabo dele.

  2. Os portugueses devem estar alerta para os “rodriguinhos” que cercam este assunto sério, envolto em nublosas nuances, que ensombram o futuro dos atuais e futuros pensionistas e reformados.
    Em tempos idos, Passos Coelho foi impedido por um forte e determinante levantamento popular, de dar uma valente machadada na TSU.
    Cuidado!
    O que começa a perfilar-se, de mansinho, é isso e muito mais.
    Cá estaremos para ver e para agir.
    É a nossa vida, o nosso trabalho, o nosso futuro e dos nossos que está em causa.

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