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O que vai acontecer às criptomoedas? Previsões para 2025 e as 10 mais promissoras

O futuro das criptomoedas tem estado na ordem do dia, e Elon Musk já avisou que o seu valor pode cair de forma significativa neste ano. Mas também há previsões que indicam o contrário.

No início deste ano, Elon Musk anunciou que se a presidência de Donald Trump for bem-sucedida no combate à inflação, isso poderá reduzir o preço das criptomoedas mais importantes.

A posição de Musk despoletou algumas reacções de espanto, com um utilizador da rede social X a deixar-lhe uma pergunta curiosa: “Então, está a dizer-me que quando se “conserta” o dinheiro real, o dinheiro mágico da Internet torna-se menos mágico?”.

Na verdade, algumas previsões indicam que as criptomoedas podem ser impulsionadas pelas finanças tradicionais, não tanto devido à inflação e ao dinheiro em si, mas perante vários factores relevantes, nomeadamente “regulamentações mais favoráveis ​​e uma maior adopção institucional” das moedas digitais.

Esta é a previsão da Ledger, uma empresa que oferece soluções de segurança para criptomoedas, que prevê que “nos próximos meses”, os preços da Bitcoin devem registar “um crescimento significativo, impulsionados em grande parte pelas finanças tradicionais”.

“As finanças tradicionais continuarão a proporcionar um acesso mais fácil às criptomoedas aos seus investidores”, analisa ainda a Ledger, notando que a banca deve expandir ofertas aos seus clientes neste âmbito, com “ETFs, opções, derivados e instrumentos de dívida destinados à aquisição de criptomoedas”.

Estes activos digitais serão também, “cada vez mais integrados em fundos de pensões e estratégias de investimento mais amplas”, aponta a empresa.

Simultaneamente, a banca vai “aprofundar” o uso da tecnologia blockchain que suporta as transacções com criptomoedas para “modernizar as operações”, nomeadamente os pagamentos, e garantir “transacções mais rápidas, baratas e eficientes do que os sistemas tradicionais”.

Criptomoedas como arma geopolítica

Nos próximos tempos, as criptomoedas podem também assumir-se como uma “ferramenta geopolítica”, emergindo como “uma poderosa arma económica utilizada por diferentes Estados-nação para promover os seus interesses”, destaca ainda a Ledger.

A empresa prevê também que “vários países, incluindo os Estados Unidos, podem estabelecer reservas estratégicas de criptomoedas como parte das suas estratégias económicas”.

Nesta semana, noticiou-se precisamente que Donald Trump, que está prestes a assumir a presidência dos EUA, quer construir uma reserva estratégica de bitcoin.

Simultaneamente, “as moedas digitais de Banco Central (CBDCs) serão introduzidas em vários países, sendo o Brasil um exemplo notável”, realça ainda a Ledger.

O Banco Central do Brasil está, nesta altura, a testar a sua moeda digital, o “Drex”, que é equivalente ao real tradicional, mas totalmente digital.

A influência da Inteligência Artificial

O cenário mundial será também marcado, nos próximos tempos, por inovações esperadas nas áreas da Inteligência Artificial (IA) e da tecnologia blockchain, que é utilizada nas transacções de criptomoedas e em outras operações do sistema financeiro tradicional para garantir maior segurança e transparência.

Esses desenvolvimentos vão, inevitavelmente, influenciar o mercado das criptomoedas, e não só. A criptografia e a blockchain serão ferramentas cada vez mais necessárias, até para ajudar a distinguir pessoas reais de “bots” fraudulentos gerados por IA.

Entretanto, também se espera que os países apostem na regulamentação do mercado das criptomoedas.

A Europa deverá continuar a manter um quadro legislativo “restritivo” para as moedas digitais, prevê a Ledger, salientando, contudo, que em países como os EUA, espera-se um panorama “mais permissivo”.

As 10 criptomoedas mais promissoras para 2025

A Ledger também projecta um “declínio no domínio da Bitcoin” em 2025, adiantando que as “altcoins” (ou seja, as moedas alternativas à Bitcoin), em especial as “memecoins” (que surgiram a partir de memes ou de tendências culturais populares), devem desempenhar “um papel surpreendentemente fundamental”.

“Os investidores de retalho migram em massa para estes tokens impulsionados pela comunidade“, vaticina a empresa especializada em criptomoedas.

Apesar disso, a Bitcoin deverá continuar a ser a principal criptomoeda no mercado, seguindo-se a Ethereum (ETH) que mantém a confiança “em alta” no mercado, como destaca o portal Melhor Investimento que fornece informações e análises financeiras para o público brasileiro.

A Ethereum “é amplamente reconhecida pela sua escalabilidade, segurança e governança robusta, atributos que a tornam uma das mais confiáveis do mercado“, aponta a publicação especializada.

A Solana (SOL) também mostra um “crescimento promissor”, aponta o site brasileiro Cointimes, que é especializado em criptomoedas e blockchain.

Com base na análise cruzada de várias publicações do setor, podemos indicar que as 10 criptomoedas mais promissoras em 2025, são as seguintes:

1. Bitcoin (BTC)
2. Ethereum (ETH)
3. Solana (SOL)
4. Cardano (ADA)
5. Polygon (MATIC)
6. Stellar (XLM)
7. Ripple (XRP)
8. Avalanche (AVAX)
9. Optimism (OP)
10. Telos (TLOS).

Estas criptomoedas são vistas como promissoras devido às suas inovações tecnológicas e ao potencial de crescimento no mercado.

Como investir em criptomoedas?

Em todo o caso, antes de investir em criptomoedas, deve ter consciência dos riscos envolvidos devido à alta volatilidade deste mercado digital.

“Se tem menos dinheiro do que Elon [Musk], provavelmente deveria ter cuidado“, alerta Bill Gates, co-fundador da Microsoft e um crítico das criptomoedas.

Portanto, nunca invista mais do que pode perder.

Deve também desconfiar de promessas de retornos garantidos, ou muito altos. Se parecer demasiado bom para ser verdade, provavelmente, é porque é mentira.

Além disso, não coloque todos os seus recursos numa única criptomoeda. Procure diversificar a sua carteira para reduzir riscos.

Susana Valente, ZAP //

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