Ex-internacional português foi tramado pelas santolas sem documentação, encontradas em viveiro a funcionar sem licença na Póvoa de Varzim. Ex-Benfica e Sporting ainda não comentou o caso.
O ex-futebolista Fábio Coentrão, que depois do futebol virou as suas atenções para a pesca viu-se envolvido numa operação de fiscalização que culminou na apreensão de 1020 quilos de marisco num viveiro ilegal.
O marisco vivo foi encontrado num armazém, no porto de pesca da Póvoa de Varzim, e funcionava como local de comercialização, mas não tinha as licenças necessárias, avança o Jornal de Notícias esta quinta-feira.
A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) encontrou 12 tanques com água do mar onde estavam lavagantes, camarões e, em maior quantidade (cerca de 90%), santolas.
Dos mais de mil quilos, 760 quilos não tinham documentação que comprovasse a sua origem, sendo por isso classificados como ilegais. Para outros 260 quilos foram apresentadas faturas e documentação, mas o estabelecimento carecia de licenças de funcionamento e comercialização.
Além disso, levantaram-se suspeitas de captação ilegal de água do mar para os tanques.
A operação contou com a colaboração da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que notificou o ex-lateral da Seleção Nacional para encerrar o estabelecimento. A ASAE e a DGRM levantaram autos de apreensão e o marisco com documentação será submetido a inspeções médico-veterinárias.
Caso seja aprovado, o marisco poderá ser doado a instituições de solidariedade. Caso contrário, será destruído.
Os restantes 760 quilos de marisco apreendidos, sem documentação, deverão ser devolvidos ao mar com apoio da capitania local e sob orientação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O objetivo é garantir as melhores condições para a sobrevivência do marisco, utilizando uma lancha do Instituto de Socorros a Náufragos, nota o exclusivo do JN.
O armazém onde funcionava o negócio foi cedido pela Docapesca à Apropesca, que posteriormente o arrendou à empresa do cachineiro de 36 anos, formado no clube de Vila do Conde, Rio Ave, e com passagens pelo Nacional, Benfica e Sporting, além de aventuras em Espanha, com o Zaragoza e Real Madrid, e França, no Mónaco.
Carlos Cruz, presidente da Apropesca, esclareceu ao JN que a associação não está envolvida nas irregularidades, reforçando que outras empresas arrendatárias não registaram infrações.
Atualmente, Coentrão, durante muito tempo dono da lateral esquerda da Seleção Nacional, será proprietário de três barcos de pesca. Recentemente, lançou um gin artesanal chamado Pablo. O ex-futebolista recusou comentar o caso.
Está lixado o gajo.