Arranca esta terça-feira em Bruxelas um encontro de dois dias da NATO, durante o qual o ministro dos Negócios Estrangeiros português vai encontrar-se com o homólogo ucraniano, Andrii Sybiha.
Paulo Rangel quer transmitir o ao Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, o apoio de Portugal à soberania territorial da Ucrânia.
O ministro acredita que o tema da adesão ucraniana à NATO terá lugar nas discussões dos próximos dois dias do encontro da Organização, mas considera que, tão, cedo, não se chegarão a conclusões imediatas.
“Julgo que o tema passará sempre por um grande debate entre os Estados-Membros e, portanto, com certeza que isso não deixará de ser tido em conta nesta reunião, o que não significa que a solução final seja no sentido de conseguir uma adesão imediat”, disse Paulo Rangel à Renascença, em Bruxelas.
“Uma adesão mais tarde, com garantias de segurança num outro cenário, é uma coisa que nunca foi excluída por Portugal”, acrescentou.
Explica o que quer transmitir ao seu homólogo ucraniano: “Uma nota primeira é o total apoio à Ucrânia, à defesa da sua integridade territorial e à ideia de que não pode haver uma conquista unilateral de território pela força“, diz.
“Um segundo ponto que acho muito importante é colhermos alguma informação e saber qual a visão do Governo da Ucrânia, da situação no terreno, e de como é que se perspetiva o futuro, para depois nos posicionarmos nos debates desta reunião ministerial da NATO”, conclui.
Esta reunião será a primeira da NATO a ser presidida pelo neerlandês Mark Rutte e em que marcará presença, pela primeira vez, Kaja Kallas, a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.
Para além da transição que se fará no início do próximo ano na Casa Branca, os tópicos devem passar também pela Guerra no Médio Oriente. Rangel destaca a presença do Rei da Jordânia, Abdullah II, que é uma “voz sensata” e moderada, com uma visão que visa “parar o conflito e de poder atender às necessidades humanitárias das pessoas que estão em sofrimento”.
Guerra na Ucrânia
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