Mapa mostra como a Rússia quer dividir a Ucrânia – e acabar com a sua independência

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ZAP // Interfax-Ukraine / Kyiv Post

Mapa da Ucrânia em 2025, segundo o Kremlin

A ideia do Ministério da Defesa da Rússia é desmantelar e dividir a Ucrânia, garantir domínio e remodelar o poder global.

O Kremlin já tem uma noção de como quer que a Ucrânia seja daqui a uns anos. E não seria sequer um país independente.

A revelação foi publicada nesta quinta-feira pelo Kyiv Post, que mostra um mapa com as ideias do Ministério da Defesa da Rússia para uma Ucrânia a partir de 2045.

A ideia do Kremlin desmantelar e dividir a Ucrânia, garantir domínio sobre aquele território e implementar um poder global pró-Rússia, descreve o jornal.

A Ucrânia seria dividida em três partes.

O leste da Ucrânia seria território russo. Faria mesmo parte da Rússia, são regiões parcialmente ou já totalmente ocupadas pelos russos nesta altura – que querem anexar oficialmente como parte da Rússia.

A capital Kiev e todo o centro da Ucrânia apareceria como uma “entidade estatal pró-Rússia” – um Estado “fantoche” com autoridades pró-Rússia e presença militar russa.

Já mais a ocidente, as regiões ucranianas seriam “territórios disputados”. Ainda haveria negociações entre Rússia, Polónia, Hungria e Roménia.

Ou seja, nenhuma zona seria mesmo “Ucrânia”.

Moscovo deverá transmitir este plano a Donald Trump, quando tomar posse.

Quatro cenários

Os serviços secretos da Ucrânia tiveram acesso a outro documento do Kremlin, que descreve quatro possíveis cenários potenciais relacionados com o desenvolvimento de processos internacionais mais amplos.

A Rússia prefere os dois primeiros: “Formação de um mundo multipolar” – as grandes potências dividem esferas de influência; ou então “Regionalização ou caos” – enfraquecimento da actual ordem global.

Nestas duas hipóteses, o Governo da Rússia parte do princípio que ganha a guerra na Ucrânia e isso origina mudanças favoráveis ​​na política global.

O terceiro cenário é um “Domínio dos EUA e do Ocidente” e um quarto apresentado é “A China emerge como a principal potência global”.

Estes dois últimos cenários, embora admitidos pelo Kremlin, não são desejados: seria sinal de que a Ucrânia tinha vencido ou que a guerra tinha congelado.

ZAP //

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15 Comments

  1. A atual Rússia governada por um comunista disfarçado ex-KGB, tem na sua essencia a ambição imperialista de todos os anteriores Czares e liders comunistas. A Rússia hoje tem a extensão que tem porque trataram sempre os vizinhos com sobranceria e violência, que acabou com a ocupação.
    Se não destruiremos o INSTINTO ocupacionista da Rússia e do seu Putin, brevemente irá ocupar a Europa até Lisboa, como, aliás, já o afirmaram.
    O MONSTRO só estará calmo, preso numa jaula e é isso que se tem de fazer aos russos e a Putin.

  2. Ena, o Putinho até está a ser simpático: oferece um bocado da Ucrãnia aos vizinhos a oeste e a sul. Mais um motivo para um futuro conflito generalizado, envolvendo Polónia, Hungria e Roménia – e depois aparecia a Rússia para pacificar. Dividir para reinar é uma estratégia antiga mas sempre válida.

  3. Paz. É isto que Putin nunca teve desde pequenino. Deve ter sido muito mal amado. São traumas de um homem triste que só pensa em destruição.

  4. Tretas. O mais provável é a Rússia anexar a totalidade do território a leste do rio Dniepre ficando o resto para a Ucrânia e talvez para a Polónia que tem algumas ambições territoriais.

  5. Quando é que este polícia Putin é liquidado? A grande questão, para o mundo, deve ser esta.

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