114 anos da República: um “elefante na sala”, o recado de Marcelo e a boa nova de Moedas

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António Pedro Santos / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações oficiais do 5 de outubro

Nas comemorações do 5 de Outubro, este sábado, Marcelo Rebelo de Sousa deixou recados sobre os valores da democracia. Na Praça do Município, em Lisboa, Carlos Moedas diz terá encontrado solução para sem-abrigo.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, este sábado, à margem das comemorações do 5 de outubro, que “a democracia está viva”, embora não seja “perfeita nem acabada”, e defendeu que tem de ser “mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária”.

O Presidente da República, discursava na sessão solene comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, cerimónia fechada ao público, que pelo segundo ano consecutivo não pôde aceder à Praça do Município, em Lisboa.

No início da sua intervenção, o chefe de Estado afirmou que “o 5 de Outubro está vivo, porque a República está viva, a democracia está viva em Portugal“, acrescentando mais à frente que “não é perfeita nem acabada, longe disso”.

O discurso de Marcelo ficou marcado por vários recados sobre os valores da democracia.

A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura. Por isso vale a pena aqui virmos todos os anos, até para dizermos que queremos que a nossa República democrática seja mais livre, mais igual, mais justa, mais solidária, para o bem de Portugal, que é o que nos une agora e sempre”, defendeu, no fim do seu discurso.

Moedas traz boa nova (mas faz alerta)

No seu discurso, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas aproveitou para anunciar que o município resolveu, esta sexta-feira, o problema dos imigrantes sem-abrigo a viver há vários meses em tendas junto à igreja dos Anjos.

“Hoje posso dizer que ontem resolvemos uma das situações mais graves da nossa cidade. Ontem ajudamos todas as pessoas que estavam à volta da Igreja do Anjos a encontrar um teto”, referiu.

Carlos Moedas assegurou que as tendas que estavam ao lado da Igreja dos Anjos foram retiradas e os sem-abrigo foram, finalmente, alojados.

De acordo com o Expresso, os sem-abrigo retirados do Jardim da Igreja dos Anjos e hospedados em hostels por tempo indeterminado, com a Câmara a assumir as despesas.

Um alerta aos riscos da imigração

Antes, Moedas tinha alertado para os problemas da imigração, afirmando que o país não pode “aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem”.

“Hoje assistimos a manifestações de um drama humanitário que nos envergonha a todos como país. Nós precisamos de imigração, mas não podemos aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem, dá espaço a redes criminosas e multiplica casos de escravatura moderna”, disse o autarca, anfitrião das cerimónias oficiais do 5 de Outubro.

Carlos Moedas defendeu a necessidade existir “uma política de imigração que valoriza e traz dignidade a quem chega ao nosso país”.

“Se hoje temos um claro problema de pessoas em situação de sem-abrigo no país, deve-se também à irresponsabilidade em lidar com a imigração. Esta irresponsabilidade aumenta a desconfiança na nossa sociedade e alimenta os extremismos de um lado e de outro”, alertou.

Um “elefante na sala”

Entre as personalidades que estiveram presentes na cerimónia do 5 de Outubro esteve o primeiro-ministro Luís Montenegro.

Esta é o primeiro 5 de Outubro no atual quadro de Governo minoritário PSD/CDS-PP, na sequência das legislativas antecipadas de 10 de março, e acontece num contexto de negociações sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Logo no início do discurso Carlos Moedas tocou no “assunto não assunto”, mandando uma bicada ao Partido Socialista, a quem acusa de dificultar a viabilização do OE2025: “o país não pode ficar refém de estados de alma ou vaidades partidárias”.

“Quantas vezes nos desviámos do nosso caminho por interesses partidários. O próprio 5 de Outubro foi uma resposta contra a vaidade de políticos”, relacionou o autarca lisboeta.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Os liberais/maçonaria (PS, PSD, CDS, PCP, CH, L, IL, PAN, BE, e a Presidência) odeiam Portugal e os Portugueses, a República e a Democracia.
    O Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, enche a boca com a palavra democracia quando foi o próprio a atentar contra a mesma colocando os Portugueses diversas vezes em prisão domiciliária sem culpa formada, uso indevido e de forma infundada de mecanismos como o Estado de Emergência, perseguição e tortura dos Portugueses ao impor o uso de máscara ou adereços faciais e isolamento, um Presidente da República que não conta com o apoio dos Portugueses tendo sido eleito somente com 2.534.745 votos.
    As declarações do Sr.º Presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, são uma imposturice e ignorância, estão a deslocar Estrangeiros em massa para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação para substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção, dão-lhes subsídios e agora alojamento que como é óbvio são pagos pelos Portugueses, depois fala no Levantamento Militar de 5 de Outubro 1910 sem saber o que diz, a República foi implementada para acabar de uma vez por todas com o liberalismo/maçonaria com os traidores de 1820 inimigos de Portugal e dos Portugueses que hoje são representados pela Presidência, Governos, e partidos políticos, pós-25 de Abril de 1974.

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    • A unica parte que faz sentido é; “estão a deslocar Estrangeiros em massa para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação para substituir os votos em falta da Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção, dão-lhes subsídios e agora alojamento que como é óbvio são pagos pelos Portugueses”.

      Tudo o resto parece o resultado de um cocktail de LSD com cogumelos mágicos e outras substancias afins, à mistura com falta de medicação…

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