Não entrei na universidade. E agora?

Valter Campanato / ABr

O impacto de um falhanço: “Sou inútil”. Mas há outras perspectivas possíveis, porque quando uma porta se fecha, abre-se uma janela.

Em cada ano, chegamos a Setembro e há uma mistura de reacções em relação ao ensino superior, para os caloiros.

Uns apenas confirmaram que entraram onde queriam, outros ficam muito felizes porque conseguiram exactamente o curso desejado, outros ficam menos felizes porque entraram num curso que não era a sua primeira opção.

Mas depois há outro grupo, que provavelmente merece maiores atenções: quem não entrou em qualquer curso, em qualquer faculdade. Ficou fora do ensino superior.

A desilusão apodera-se da maioria. Chegam as sensações de fracasso, desânimo, ansiedade acrescida. As ideias “sou um inútil” ou “não sirvo para nada”.

Mas há outra perspectiva possível: se não deu, tenta-se outro caminho.

Ou avançam directamente para o mercado de trabalho, ou passam por formações, ou realizam testes psicotécnicos ou vocacionais para tentar perceber o que se segue. Há escolas em Portugal com programas vocacionais.

A psicóloga Cláudia Simões, que tem noção de que é preciso acompanhamento psicológico em alguns casos, reforça a ideia: não entrar numa faculdade pode (deve?) ser visto como uma nova oportunidade.

Em nota enviada pelo Guia das Profissões, sugere-se por exemplo um ano de pausa – se houver contexto para tal. E nele se fica a saber, por exemplo, que nas profissões com mais saída se encontram ofícios como Especialista em SEO, Marceneiro e… Vendedor de Quiosque.

O importante é mesmo não ficar parado, a remoer o insucesso.

ZAP //

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