Os pulsos de raios X vão salvar a Terra de possíveis asteroides

Uma equipa de cientistas descobriu a forma mais eficiente de impedir que os asteroides destruam a Terra.

Os cometas e asteroides podem constituir uma ameaça para o planeta se as suas trajetórias se aproximarem demasiado do nosso planeta. A tentativa de desviar estes asteroides exige concentrações de energia semelhantes a explosões nucleares.

Segundo o Sci.News, se a nova técnica for utilizada em uma maior escala, pode deslocar asteroides para que, em vez de atingirem diretamente a Terra, passem a deslizar ao redor do planeta.

Num novo estudo, publicado esta segunda-feira na Nature Physics, os investigadores imitaram a forma como um impulso de raios X pode vaporizar a superfície de um asteroide e desviá-lo.

Foram utilizados raios X para atingir dois asteroides simulados de 12 milímetros de largura no vácuo. Uma amostra consistia em quartzo e outra em sílica fundida.

Os cientistas observaram os impulsos de raios X a aquecer a superfície dos análogos do asteroide, resultando numa pluma de vapor que gerou impulso transferido para os alvos de quartzo e sílica tendo gerado velocidades de cerca de 69,5 metros e 70,3 metros por segundo, respetivamente.

Seguidamente, utilizaram estas medições para realizar simulações numéricas sobre como este método de deflexão de asteroides pode ser dimensionado e sugerir que objetos próximos da Terra, com um diâmetro de cerca de 4 quilómetros, poderiam ser desviados.

“Esta nova técnica pode ser usada para investigar a resposta de deflexão de diferentes materiais de asteroides. Compreender como os diferentes materiais se vaporizam e deflectem é fundamental para a preparação de uma missão de defesa planetária, caso seja necessário”, conclui o primeiro autor do estudo, Nathan Moore.

A equipa sugere que futuras experiências podem investigar outros materiais e estruturas-alvo, e ainda testar diferentes impulsos de raios X, uma vez que a pluma de vapor gerada pelos mesmos depende da composição química do asteroide.

Soraia Ferreira, ZAP //

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