Cinco pesticidas foram esta sexta-feira classificados como “possível ou provavelmente” cancerígenos para o homem pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro, estrutura da Organização Mundial de Saúde.
O herbicida glifosato, um dos mais utilizados no mundo, bem como o malatião e o diazinão, foram classificados como “provavelmente cancerígenos para seres humanos”, mesmo que “as provas sejam limitadas”, segundo a IARC, com sede em Lyon, França.
O glifosato, herbicida cuja produção é a mais significativa em volume, é a substância ativa do ‘Roundup’, um dos produtos mais vendidos no mundo, pois, além da agricultura, onde a sua aplicação tem aumentado bastante, também é usado nas florestas e em jardins privados.
De acordo com a IARC, o glifosato foi encontrado no ar, na água e nos alimentos, e a população está particularmente exposta, por viver perto de áreas intervencionadas com o herbicida, ainda que os níveis de exposição observados sejam “geralmente baixos”.
Também os inseticidas tetrachlorvinphos e paratião, já objeto de interdições ou restrições em numerosos países, foram classificados como “possivelmente” cancerígenos.
Em termos de riscos cancerígenos, relativamente ao glifosato e aos inseticidas malatião e diazinão, a IARC observa que há “provas limitadas” em seres humanos, que os associam a linfomas não-Hodgkin, tipos de cancro que se originam nos gânglios linfáticos.
Ao malatião, a organização associa o cancro da próstata e, ao diazinão, o cancro do pulmão.
Os riscos foram avaliados com base em estudos de exposição agrícola nos Estados Unidos, Canadá e Suécia, bem como em testes em animais de laboratório.
ZAP / Lusa
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