A subida da idade da reforma para os 66 anos adia o défice da Segurança Social para 2020, mais cinco anos que o previsto, de acordo com um estudo do Governo a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo o documento, denominado “Alteração da idade normal de acesso à pensão e novo fator de sustentabilidade”, se o Governo não tivesse alterado o modelo de pensões, “não só o défice se mostraria mais expressivo, como a existência do primeiro ano deficitário seria antecipado já para 2015, levando a recorrer ao Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) prematuramente”.
Os impactos estimados de pensões a longo prazo resultantes da alteração da idade de reforma para os 66 anos, em 2014, indexação às variações da Esperança Média de Vida, após 2014 até 2060, e a alteração da base de referência de cálculo do Fator de Sustentabilidade de 2006 para 2000, a partir de 2014 até 2060 para os pensionistas que antecipam a reforma idade legal da reforma, atenuam o défice do saldo do sistema providencial.
De acordo com as projecções do estudo, caso não tivessem sido tomadas estas medidas o défice da Segurança Social seria em 2015. Agora o saldo negativo é esperado em 2020.
/Lusa