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Navio com bandeira portuguesa estará a levar armas para Israel

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Embarcação está ancorada no mar da Namíbia após ter sido proibida de entrar nos portos do país. Carregava explosivos usados em bombas e mísseis produzidos por Israel. Bloco pressiona Governo.

Um navio com bandeira portuguesa suspeito de transportar armamento com destino às tropas israelitas estará ancorado no mar da Namíbia.

A embarcação terá sido impedida de entrar nos portos do país africano, garante o Bloco de Esquerda e um movimento contactado pelo Público na semana passada.

Num conjunto de perguntas enviadas ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre o navio MV Kathrin 9570620, pertencente a uma empresa alemã, para apurar se o Executivo de Luís Montenegro vai ou não permitir o envolvimento de navios portugueses no transporte de armas para Israel.

Explosivos usados por Israel a bordo

Tudo começou com uma “forte suspeita” vinda de uma fonte que emitiu alertas nos últimos meses para a presença de outros três navios que levavam carga para Israel, segundo o movimento BDS (Boicote, Desenvolvimento, Sanções) ouvido pelo matutino.

O Governo da Namíbia proibiu a escala para reabastecimento e manteve o navio ao largo da sua costa, depois de ter sido alertado para a possibilidade de seguirem a bordo armas ou munições para as forças israelitas.

Segundo o governo da Namíbia, o navio terá partido de Haiphong, no Vietname, com direção à Eslovénia. Carregava 60 contentores de TNT (trinitrotolueno) e oito contentores de explosivos RDX — usados em bombas e mísseis produzidos por Israel —, de acordo com o pedido de escala emitido a 2 de agosto.

“O Khatrin navega com pavilhão português, o que significa, literalmente, que navega sob a soberania do Estado de Portugal. O Governo deveria, pelo menos, investigar e retirar a bandeira ao navio se não receber garantias de que mantê-la não inclui envolver-se num genocídio e na violação das leis internacionais”, disse Maren Mantovani, membro do secretariado internacional do Comité Nacional Palestiniano.

Portugal vai ser “cúmplice do massacre em curso”?

O partido, num conjunto de questões assinadas pela deputada Marisa Matias, fez três perguntas ao Governo:

1. “O Governo já retirou a bandeira ao navio proibido de aportar nos portos da Namíbia por transportar armas para Israel?”

2. “Vai o Governo proibir qualquer navio com pavilhão português de se envolver no transporte de armas, munições e equipamentos militares para Israel?”

3. “Ou vai fazer de Portugal cúmplice do massacre em curso?”

A pasta tutelada por Paulo Rangel garante que “não recebeu qualquer alerta sobre este navio”, mas garante estar a tentar “apurar a situação”.

O ministério lembrou que “proibiu a exportação de armas e munições para Israel, recusando igualmente todos os pedidos feitos nesse sentido”.

O Bloco acrescenta que o navio está registado no Registo Internacional de Navios da Madeira, o que “coloca Portugal na situação de cúmplice das atrocidades e crimes levados a cabo por Israel”.

ZAP //

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7 Comments

  1. Ora aí está um navio de bandeira portuguesa a fazer algo de jeito. E o Bloco de Esterco a fazer o estrume do costume!

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  2. Qual o problema, existe algum embargo a Israel ??? O bloco agarra-se a tudo que possa criar noticia para assim mostrar que existe no entanto não para de dar tiros nos pés.

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  3. Porque será que levar armas para a Ucrânia é virtuoso e levar armas para Israel é malévolo? Será porque não somos um estado verdadeiramente soberano?

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