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Começou uma nova era no controlo da malária nas crianças

Diomande Ble Blonde/AP

Profissional de saúde a inocular a nova vacina contra a malária

Arrancou esta semana na Costa do Marfim uma campanha de vacinação contra a malária nas crianças com novas vacinas — que não impedem a sua propagação, mas marcam uma nova era no combate à doença.

A malária é provocada por um parasita denominado Plasmodium falciparum.

Este parasita é transmitido através da picada de um mosquito e consequente inoculação para a corrente sanguínea humana, onde estes desenvolvem parte da sua vida, infetando as células do fígado e os glóbulos vermelhos.

Segundo o ABC News, mais de 94% dos cerca de 249 milhões de casos de malária e 608.000 mortes por ano no mundo, ocorrem na África. A doença afeta mais frequentemente mulheres grávidas e crianças com menos de cinco anos.

De modo a prevenir as consequências da malária na população, o país da África Ocidental foi o primeiro a aplicar a nova vacina contra a malária, num esforço que visa abranger cerca de 250.000 crianças com menos de dois anos.

As mais recentes investigações sugerem que esta vacina é mais de 75% eficaz na prevenção de doenças graves e morte no primeiro ano. Além disso, é possível  prolongar a imunidade pelo menos mais um ano com um reforço da dose.

A vacina, conhecida como R21/Matrix-M, foi desenvolvida pela Universidade de Oxford e autorizada pela Organização Mundial de Saúde em outubro passado.

“O lançamento desta vacina é a indicação do compromisso do governo em investir nas crianças. Elas são o futuro do país”, diz o ministro da saúde da Costa do Marfim, Pierre Demba.

Estas vacinas marcam uma nova era no controlo da doença. No entanto, não impedem a propagação da doença.

Os especialistas realçam que outras medidas, como a pulverização com inseticidas, a melhoria dos tratamentos e a utilização de redes mosquiteiras, continuam a ser fundamentais.

Por fim, a parceria público-privada GAVI, que promove a vacinação das crianças contra as doenças com maior taxa de mortalidade no mundo, pretende que países como o Sudão do Sul, o Chade e a República Centro-Africana também recebam estas vacinas.

Soraia Ferreira, ZAP //

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