Rio defende Costa: Atacado com “práticas do tempo da PIDE”

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Manuel de Almeida / Lusa

Rui Rio, na sessão solene dos 48 anos do 25 de Abril, em 2022

Rui Rio continua bastante crítico na forma de atuação do Ministério Público (MP), na Operação Influencer. O ex-líder do PSD diz que a não destruição de escutas sem material criminal faz lembrar os tempos da PIDE.

Esta quarta-feira, em entrevista ao canal NOW, Rui Rio criticou a existência e divulgação de escutas sem matéria criminal a António Costa.

O antigo líder do PSD e adversário de Costa nas legislativas de 2022 disse que atuação do MP parece do tempo da PIDE.

“Isto assemelha-se àquilo que acontecia com a PIDE antes do 25 de abril (…) então agora escutamos os ministros a conversar com a família, com os secretários de Estado com o primeiro-ministro?! Querem que façam isso ao atual Governo?! Eu não quero. Então porque é que hei de querer que o façam a um outro Governo só porque não é do meu partido?! Isto é gravíssimo em termos daquilo que é a democracia“, disse Rui Rio.

Rui Rio critica ainda o MP por ter permitido fugas de informação no processo da Operação Influencer, ao tomar a decisão de não destruir as escutas.

“O Supremo Tribunal de Justiça entendeu que a parte das escutas que não tem qualquer relevância criminal não devia ser destruída. Então que fique ali guardada, não é para andar a vender escutas. Se não qualquer dia encomendam: ‘olhe escute o meu marido, que eu ando aqui desconfiada de qualquer coisa’. Isto não é assim. A sociedade não é assim, tem de haver regras“, apontou o social-democrata.

Na tarde desta quarta-feira, no X/Twitter, Rui Rio já tinha recordado os tempos da PIDE, onde era “normal a PIDE invadir a vida privada dos cidadãos para fins políticos, fins sem qualquer relevo criminal real”

Na mesma publicação, o ex-presidente da Câmara do Porto lembrou que também foi para combater os hábitos do regime de Salazar que deu os primeiros passos na política.

Há pouco mais de um mês, Rui Rio juntou-se a uma centena de personalidades de relevo no contexto político-social português num manifesto pela justiça, que exige reforma no setor.

Os subscritores consideram havido uma atuação “perversa” da Justiça, diversas “falhas” no sector; apontam para morosidade, quebras do segredo de justiça e graves abusos na investigação penal.

No ano passado, Rui Rio foi alvo de buscas domiciliárias, por suspeitas de um esquema de pagamento de ordenados a funcionários do PSD, com recurso a verbas da Assembleia da República.

ZAP //

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3 Comments

  1. Um parvalhão! Há deu uma entrivista na TV, era tal e qual se estivesse a falar à frente do espelho. Falava, fazia perguntas a si proprio e respondia, estava a guiar os ouvintes no seu enrredo.
    Um habilidoso da retoria, embrulha os menos atentos

  2. Se tudo isto está como está, à abrilada de 74 o devemos. O que leva muitos a dar vivas ao 25 de Abril, é o facto de a Europa não estar a ferro e fogo como na primeira metade do século XX. E nos tempos do Estado Novo. O que contribuiu para algum desenvolvimento foram os milhares de milhões que vieram da CEE/UE. De resto, esta gente não presta para nada. É só corrupção. Como dizia o outro, Portugal é um país de bananas governado por sacanas

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