Tristão da Cunha é a ilha mais remota do mundo. A NASA foi espreitá-la

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NASA Earth Observatory

Imagem da Ilha de Tristão da Cunha captada no dia 24 de maio pelo instrumento OLI-2 (Operational Land Imager-2) do Landsat 9 .

A fotografia escolhida este sábado pelo Earth Observatory da NASA como “foto do dia” é uma imagem, captada por satélite, de Tristão da Cunha — a ilha habitada mais remota do mundo, que deve o nome ao navegador português homónimo.

Tristão da Cunha é o tipo de lugar onde as aves marinhas são mais numerosas do que as pessoas. Faz parte de um grupo de ilhas no Oceano Atlântico Sul, situado aproximadamente a meio caminho entre os extremos sul da América do Sul e de África.

A “foto do dia” deste sábado no Earth Observatory da NASA é uma imagem deste arquipélago remoto, captada no dia 24 de maio pelo instrumento OLI-2 (Operational Land Imager-2) do Landsat 9.

O arquipélago, localizado no sul do Oceano Atlântico, é um dos três constituintes do território ultramarino britânico de Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha.

Descoberto em 1506 pelo navegador português Tristão da Cunha, que lhe emprestou o nome, o arquipélago é considerado o território habitado mais remoto do mundo. Os picos vulcânicos vizinhos incluem uma pequena ilha desabitada, chamada Ilha Inacessível, e as Ilhas Nightingale.

A ilha principal está rodeada por penhascos com mais de 600 metros de altura. Os únicos locais habitados são a pequena povoação de Edimburgo dos Sete Mares, no noroeste da ilha, e a estação meteorológica da Ilha de Gonçalo Álvares, com um contingente de apenas seis funcionários mantidos pelo governo da África do Sul.

O ponto mais alto de Tristão da Cunha, o Pico da Rainha Maria, atinge 2.060 metros acima do nível do mar — um pouco mais do que a altura da Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal continental — e apresenta ravinas íngremes que irradiam para baixo em todos os lados.

A vegetação da ilha está dividida em zonas distintas relacionadas com a altitude. Grandes gramíneas  cobriam outrora as orlas costeiras da ilha, mas, de acordo com o Royal Botanic Gardens, a maior parte transformou-se em pastagens.

Bosques de pequenas árvores cobrem as encostas mais baixas do vulcão (a verde escuro, na imagem) e fazem a transição para ecossistemas que incluem fetos arbóreos, musgo, pequenas gramíneas, briófitas e líquenes nas suas zonas superiores (a verde claro).

Ao largo, as ilhas são rodeadas por florestas submarinas de algas gigantes — da espécie Macrocystis pyrifera, uma das algas de crescimento mais rápido do planeta.

Vivem cerca de 240 pessoas em Edimburgo dos Sete Mares, a pequena cidade no extremo norte da ilha. As principais ocupações são a pesca e a agricultura. Muitos residentes apanham lagostins – vendidos como lagosta de Tristão – e criam batatas e gado.

Longe da cidade, milhares de aves, incluindo populações de pinguins, albatrozes de nariz amarelo do Atlântico e priões de bico largo, nidificam na pequena ilha circular.

O número de aves poderia ser maior se os ratos e ratazanas não tivessem encontrado forma de chegar a estas ilhas — provavelmente introduzidos por marinheiros nos anos 1800.

Pensa-se que estes mamíferos comem um grande número de ovos de aves e de aves jovens. Segundo os ecologistas, a abundância de ratos de grandes dimensões Ilha de Gonçalo Álvares pode levar à extinção de uma ave marinha em perigo de extinção, o albatroz de Tristão.

Outra espécie notável no arquipélago é o carrilhão da Ilha Inacessível, que é a mais pequena ave viva que não voa no mundo.

Estas ilhas são o produto de um ponto quente vulcânico, um tipo de vulcanismo que traz magma das profundezas do manto terrestre. Tristão da Cunha, a mais jovem e maior do grupo, formou-se há cerca de 200.000 anos. A sua última erupção ocorreu em outubro de 1961, obrigando à evacuação da população da ilha.

Na altura da sua descoberta, em 1506, o navegador português Tristão da Cunha, não chegou a desembarcar na ilha — devido à sua inacessibilidade. O arquipélago só foi efetivamente ocupado no início do século XIX.

ZAP //

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2 Comments

  1. Deveriam retificar a notícia no que concerne à Serra da Estrela ser o ponto mais alto de Portugal. Assim, induzem em erro o leitor. Ou escrevem o ponto mais alto de Portugal continental ou o segundo ponto mais alto de Portugal.

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