Primeiro datacenter totalmente ecológico será na Suécia

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O EcoDataCenter será o primeiro centro de dados alimentado inteiramente por energias renováveis e está a ser construído na Suécia.

O projeto é da Falu Energi & Vatten em conjunto com a EcoDC AB, mas conta ainda com a colaboração da Schneider, que deverá contribuir com soluções de energia e segurança para o data center que será construído no próximo ano.

O primeiro data center preparado para trabalhar totalmente a partir de energias renováveis terá lugar na cidade de Falun, na Suécia, um projeto criado a pensar nas mudanças climáticas que o planeta enfrenta mas também tendo em conta uma perspetiva empresarial.

EcoDataCenter é o nome do centro de dados ecológicom que deverá ser alimentado através de uma combinação de energia solar, eólica e hidráulica mas também de outros tipos de fontes renováveis.

As empresas por trás deste projeto, a Falu Energi & Vatten e a EcoDC AB, veem neste data center a resposta à preocupação de que “um único data center pode facilmente utilizar mais energia do que uma cidade de dimensão média”, e tendo em conta que “grande parte desta energia nunca é usada, mas simplesmente libertada como calor para a atmosfera, contribuindo para o aquecimento local e global”, como referem em comunicado.

Esta preocupação com o aquecimento global e com a eventual extinção dos recursos atualmente utilizados fez com que a cidade de Falun fosse escolhida como sendo a ideal para este projeto devido às suas características, já que parte do calor libertado pelo data center será redirecionado para o sistema de aquecimento da cidade para que casas e negócios possam aproveitar esse calor.

Mas o próprio país presta-se a este tipo de iniciativas devido ao clima frio que apresenta, característica importante para a eficiência do data center relativamente a custos, já que as baixas temperaturas poderão ajudar na manutenção das infraestruturas sem recorrer a fontes extra.

No comunicado, a Suécia é descrita como “uma localização excelente e segura para data centers devido ao clima gelado, às fontes de energia confiáveis e renováveis, à estabilidade política e à ausência de desastres naturais”.

Bengt Gustafsson, CEO da Falu Energi & Vatten, fala em “pegada negativa de dióxido de carbono” ao descrever o impacto que a construção do EcoDataCenter terá na comunidade.

A Schneider também está envolvida no projeto com a aplicação de soluções e produtos que promovam a eficiêcia energética e que garantam também a segurança do centro de dados. Marc Nezet, country manager da Schneider, revela uma preocupação com o rumo da evolução tecnológicarelativamente à utilização de energias sustentáveis, afirmando que “a penetração da Internet e da Internet da Coisas não tem de acontecer às custas do clima“.

Mas, se a sustentabilidade parece ser o foco central deste projeto, é importante não esquecer que a componente do negócio também é importante e que o data center deverá ser lucrativo para as empresas. Børge Granli, um dos fundadores da EcoDC AB, garante que este tipo de políticas consideradas “verdes” são, na verdade, menos dispendiosas e acrescenta que “o data center é bastante mais eficiente energicamente do que os data centers regulares e a integração com o sistema de aquecimento e arrefecimento da cidade significa que a energia, que de outro modo seria desperdiçada, é utilizada”. Granli termina afirmando que “tudo isto baixa os custos tanto para nós como para os clientes”.

O complexo completo terá uma dimensão de cerca de 20 mil metros quadrados e a sua construção terá início no primeiro semestre do próximo ano.

Filipa Almeida, B!T

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