O Irão alertou, esta sexta-feira, que responderá ao “nível máximo” e de imediato, se Israel agir contra os seus interesses. Caso contrário, os dois países dar-se-ão por “conversados”.
Esta sexta-feira, o Irão informou Israel – por intermédio da Rússia – que não quer uma escalada do conflito.
“Houve contactos telefónicos entre os líderes da Rússia e do Irão, entre os nossos representantes e os israelitas. Deixámos muito claro nestas conversas, e transmitimos aos israelitas, que o Irão não quer uma escalada”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
Lavrov explicou que Teerão – que atacou Israel no último fim-de-semana – não podia deixar sem resposta o ataque ao seu consulado em Damasco, Síria, mas não deseja uma escalada.
No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano disse que, se Israel agir contra os seus interesses, o Irão responderá ao “nível máximo” e de imediato.
“Se Israel quiser fazer outro aventureirismo e agir contra os interesses do Irão, a nossa próxima resposta será imediata e ao nível máximo”, garantiu Hossein Amirabdollahian, citado pela Reuters.
Por outro lado, “se isso não acontecer, estamos conversados“.
Retaliação de Israel
Segundo a comunicação social norte-americana, Israel lançou na madrugada de sexta-feira vários mísseis contra a província iraniana de Isfahan.
Mas o Irão negou o ataque: primeiro, disse que a defesa antiaérea tinha derrubado vários drones e, depois, que tinham sido “vários objetos voadores” em Isfahan, onde se situam as instalações nucleares do país.
Entretanto, fontes anónimas citadas pelo diário Jerusalem Post afirmaram que o ataque de deve ser interpretado como um aviso a Teerão sobre as capacidades ofensivas israelitas e como um sinal de que Israel não pretende uma guerra regional.
Lavrov disse que o Irão não tem armas nucleares, o que – afirmou – foi verificado pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
Na sua opinião, todas as especulações acerca de mudanças na doutrina nuclear do Irão não passam de um desejo de desviar as atenções da operação de Israel na Faixa de Gaza para as alegadas ameaças iranianas.
ZAP // Lusa
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