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Reino Unido rejeita reinserção no ITER – o mais ambicioso projeto mundial de fusão nuclear

(cv) ITER organization / YouTube

ITER – o primeiro reator de fusão nuclear em larga escala do mundo

O Reino Unido recusou o convite para fazer parte do projeto de fusão nuclear ITER, depois de ter perdido o acesso direto ao projeto devido ao Brexit.

O ITER é um dos maiores projetos de fusão nuclear do Mundo, impulsionado pela União Europeia (UE).

Depois de no ano passado o Reino Unido ter admitido trabalhar no ITER, agora os britânicos descartam essa opção.

A ser desenvolvido em França até 2025 (espera-se), o projeto é financiado por uma pela UE, mas também por países externos como a China, Índia, Japão, Rússia, Coreia do Sul, os EUA.

Inicialmente, também o Reino Unido fazia parte do projeto, mas com o Brexit o negócio “caiu” e não deverá levantar-se novamente.

O ministro britânico de Energia Nuclear e Redes confirmou à New Scientist a decisão da não “reintegração” do Reino Unido, poupando 759 milhões de euros, que podem ser usados para financiar uma mistura de pesquisa privada e pública.

“Foi a decisão correta. A reassociação desviaria tempo, recursos e dinheiro de onde queríamos levar os nossos projetos de fusão. Não foi uma decisão ideológica, foi uma decisão prática”, afirmou Andrew Bowie.

Como detalha a New Scientist, o Reino Unido prefere concentrar-se nos projetos internos, entando, por exemplo, a desenvolver, por sua conta, uma central de energia de fusão nuclear – o STEP (Spherical Tokamak for Energy Production).

Com os responsáveis europeus, o ITER não poderá contar com o contributo britânico.

“A Comissão e o Conselho da UE, num comunicado conjunto, observaram com pesar que o Reino Unido decidiu não se associar ao programa Euratom e à empresa conjunta Fusion for Energy”, lamentou, Elena Righi, uma das responsáveis pelo projeto, citada pela New Scientist.

“Para o próximo período a iniciar em 2028, as instituições da UE chamaram enfaticamente o Reino Unido a participar nos em todos os projetos de pesquisa de fusão da Comissão Europeia. Isto permitirá que uma verdadeira comunidade europeia de fusão continue os seus esforços integrados e resolva a atual participação ambígua da UKAEA [Autoridade de Energia Atómica do Reino Unido] no EUROfusion [o grupo de pesquisa de fusão europeu] e permita uma maior integração do Reino Unido na construção e operação eventual do ITER“, considerou.

ZAP //

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