O relógio da Torre dos Clérigos, no Porto, está atrasado 40 minutos desde segunda-feira, depois de um turista ter danificado um dos seus veios, revelou à Lusa o diretor executivo da Irmandade dos Clérigos, António Tavares.
O relógio teve uma “pequena avaria” depois de um “turista ter mexido num dos veios mecânicos”, situação que provocou “um atraso de cerca de 40 minutos”, explicou António Tavares.
O diretor da Irmandade dos Clérigos, instituição solidária responsável pela gestão do conjunto arquitetónico da Igreja e Torre dos Clérigos, revelou que “um dos veios é mais ou menos acessível ao toque do turista”, e que “não é a primeira vez que isto acontece”.
“Vamos tomar medidas de proteção do veio e da parte mecânica do relógio”, assinalou António Tavares, que informou estar a reparação prevista para “quarta-feira de manhã”.
Questionado sobre os custos da reparação, António Tavares disse serem “sempre valores significativos” que vão “ampliar o investimento” que vem sendo feito “há algum tempo [pela irmandade] na reparação, manutenção e melhoria do relógio”.
Segundo o diretor executivo, apesar de “não ter sido possível identificar o responsável pelo dano”, o facto de nos últimos dias “apenas terem sido turistas a subir à torre” sustenta a convicção quanto ao autor da avaria provocada no relógio centenário.
A Torre dos Clérigos é um dos mais emblemáticos monumentos da cidade do Porto, em Portugal. Foi projetada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni no século XVIII, sendo parte de um conjunto arquitetónico que inclui a Igreja dos Clérigos.
A torre, concluída em 1763 e classificada como Monumento Nacional desde 1910, destaca-se pela sua altura imponente de cerca de 76 metros, sendo considerada um dos mais altos edifícios de Portugal na época.
É conhecida pela sua arquitetura barroca e pelas vistas panorâmicas da cidade que oferece aos visitantes que sobem os seus 240 degraus.
Além de ser um ponto turístico popular, é um ícone cultural e histórico do Porto, simbolizando a riqueza artística e a importância religiosa da cidade ao longo dos séculos.
ZAP // Lusa