A grande desigualdade salarial entre os inspetores da Polícia Judiciária e os membros das restantes forças policiais está a gerar descontentamento e ameaças de protestos.
O descontentamento nas forças de segurança e militares em Portugal atingiu um novo patamar, com agentes da PSP, GNR, Forças Armadas e guardas prisionais a mostrarem-se insatisfeitos face às crescentes diferenças salariais em comparação com a Polícia Judiciária (PJ).
Esta contestação surge no seguimentodo recente aumento salarial anunciado pelo Governo para a PJ, exacerbando as disparidades já existentes. De acordo com a nova estrutura salarial, um membro da PJ no início da carreira passa a receber um salário base de 1807 euros, com um suplemento de missão de 996 euros e potenciais adicionais por horários de piquete, totalizando mais de 4000 euros.
Em contraste, um agente da PSP ou cabo da GNR no início de carreira ganha um salário base de 908 euros, somando um suplemento de patrulha de 59 euros e um risco adicional de 14,5% sobre o vencimento, resultando em aproximadamente 1250 euros mensais, refere o Correio da Manhã.
A disparidade salarial tem gerado um sentimento de injustiça generalizado entre as forças de segurança, com apoio também da classe de oficiais. Os representantes sindicais, como os presidentes da ASPP/PSP e da APG/GNR, expressaram frustração com o tratamento desigual e apelaram a formas criativas de protesto.
Adicionalmente, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) criticou a política do atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, classificando-a como uma abordagem de “polícia low-cost“. Planeiam-se encontros esta semana para discutir ações concretas de luta.
Em paralelo, uma petição que exige a equiparação de salários e suplementos entre as diversas forças de segurança já reuniu mais de 11 mil assinaturas. A ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou um aumento no suplemento da condição militar para 100 euros, numa tentativa de tornar as Forças Armadas mais atrativas. Contudo, esta medida parece insuficiente perante a magnitude do descontentamento.
Que eu saiba, as habilitações de uns e de outros não são as mesmas, a responsabilidade também não, mas realmente a diferença é muito grande.
o risco é maior na psp e gnr, quando a pj vai para algo com risco chama a psp ou gnr para garantir a segurança logo faz sentido a pj receber 69 euros de subsidio de risco e psp e gnr receber 500