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Café mais caro do mundo é feito de caca de elefante

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morberg / Flickr

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É o café “mais raro e mais caro do mundo” e é feito a partir de fezes de elefante. É isso mesmo! Uma marca de café aposta nos poderes do sistema digestivo destes grandes mamíferos para gerar um produto “gourmet”.

O Black Ivory Coffee foi criado por Blake Dinkin, um canadiano que em 2002 deixou o emprego, numa empresa japonesa de comércio, para perseguir o sonho de criar café a partir de fezes de animais.

Dinkin levou 10 anos nesta busca, até finalmente conseguir um café feito de caca de elefante que sabe a “chocolate preto, malte, cerejas, com um toque de erva“, conforme o próprio afirma.

Este resultado final está ligado ao facto de o sistema digestivo dos elefantes anular a proteína presente nos grãos de café que lhe dá aquele sabor amargo. Além disso, a digestão destes animais proporciona aos grãos um nível de fermentação que permite realçar as características naturais do café, conforme destaca Blake Dinkin.

Tudo começou quando este canadiano ouviu falar do café Kopi Luwak que é feito de grãos que são primeiramente digeridos por civetas, animais mamíferos nativos da África e da Ásia. O alto valor de venda deste café foi um dos aliciantes para esta aventura – cada chávena pode custar entre 50 a 60 dólares.

Na busca do animal ideal para poder fazer o seu produto único, devidamente refinado nas suas fezes, este canadiano acabou nos elefantes depois de ouvir histórias que diziam que eles se alimentavam de bagos de café, nas alturas de escassez de comida, por causa da seca.

Blake Dinkin começou as suas experiências num Zoo de Guelph, em Ontário, no Canadá, mas os primeiros resultados foram decepcionantes – o café “cheirava e sabia exactamente como se pensaria”, conta ele na revista Vice Canadá.

Esteve quase para desistir desta busca pelo seu “Café Sagrado”, mas acabou por chegar à fórmula perfeita num santuário de elefantes na Tailândia.

Blake Dinkin paga cerca de 10 dólares por hora aos trabalhadores indonésios que recolhem à mão os bagos de café das fezes de elefante, o que equivale ao ordenado de um dia inteiro na Tailândia. Esses bagos são depois secados ao sol e assados, sendo necessários 33 quilos de bagas para produzir um quilo de café.

Actualmente, vende os seus grãos de Café Black Ivory a hotéis de cinco estrelas na Ásia e no Médio Oriente e planeia a expansão para a Europa e para a América do Norte. Na Internet este peculiar café pode comprar-se a 180 dólares por 100 gramas, à parte os custos de envio.

SV, ZAP

4 Comments

  1. Esta espécie de café, é como as ideias de certos governantes. Por base têm excremento. Não acredito é que, no caso dos governantes seja de elefante, penso que seja de “caganitas de rato” ou “cócò de galinha da India”.Penso eu..

  2. eu não estou contra o esperto que se lembra de tal coisa, revolta-me e´que haja pessoas que paguem este balúrdio por uns míseros resíduos de merda de elefante e tenham o desplante de afirmar que aquela treta é o melhor do mundo. Porque não aparece nenhum “chefz” como soa o que diz um artolas num anuncio televisivo daqueles sobre um certo programa em que eles se degladiam por mostrar como é possível gastar 50 ou 60 euros para comer uma amostra de um qualquer produto, dito gourmet, a aproveitar na totalidade a bosta do elefante? Entretanto morrem de fome por esse mundo fora milhares de crianças porque pelos vistos nem à bosta de elefante podem chegar, pois podem ter grãos de café. Será que já vem torrado?

  3. Em Bali na Indonésia provei café Luwak, é normal não é um café inesquecível. O pormenor de vir nas fezes do bicho é apenas um pormenor, comem-se coisas mais nojentas e ninguém dá por isso.

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