O primeiro sorteio do novo jogo europeu decorre nesta segunda-feira. O alvo são os jovens, uma “população mais vulnerável”.
Dois concursos por semana, mínimo de 6 números numa aposta simples – que custa 2,50 euros.
O primeiro sorteio do novo jogo europeu, o EuroDreams, decorre hoje, segunda-feira.
A maior lotaria criada na Europa desde o Euromilhões (2004) terá dois sorteios por semana (segunda e quinta-feira) e vai oferecer ao seu vencedor 20 mil euros por mês ao longo de 30 anos.
O novo jogo foca-se nos jovens. É destinado sobretudo à população mais jovem – e isso pode criar mais problemas, avisa o psicólogo Pedro Hubert.
O também técnico de aconselhamento em adições avisa no Diário de Noticias: “Toda a publicidade para este jogo e o seu prémio têm como alvo uma população que é mais vulnerável pelas características da idade e também pela situação socioeconómica de viverem em casa dos pais”.
Pedro Hubert acha que o Governo está a errar. Se quer menos pessoas viciadas em jogos, não é a investir em novos jogos que vai atingir esse objectivo.
“É preocupante que o Estado dê tão pouco de volta para aumentar as infraestruturas das equipas de tratamento, financiar linhas de apoio, formas de prevenção e centros onde as pessoas possam estar internadas”.
“Não fazem investigação nenhuma, ou seja, arrecadam muito em impostos mas dão muito pouco de volta para resolver o problema do jogo”, analisou o psicólogo.
Pedro Hubert não vê no EuroDreams um possível vício como a raspadinha, mas há sempre “a esperança de ganhar dinheiro e resolver todos os seus problemas de vida”.
“Este não é o tipo de jogo que tenha uma frequência muito rápida e que se possa jogar muitas vezes. Não tem uma resposta imediata como outros tipos de jogos”, continuou.