Antigo adjunto do Ministério das Infraestruturas queixa-se de difamação. Procuradoria-Geral da República inicia inquérito.
Frederico Pinheiro foi afastado do Governo há meio ano, a comissão parlamentar de inquérito à TAP acabou há alguns meses, mas não se esquece do caso do computador.
O antigo adjunto do Ministério das Infraestruturas foi alvo de críticas na comissão e foi acusado de agressões na famosa noite no Ministério, em que queria levar o computador para casa.
A comissão parlamentar de inquérito, no seu relatório oficial, não chegou a conclusões relevantes.
Mas Frederico Pinheiro está de volta às notícias. Primeiro, porque é protagonista de um livro sobre a TAP – com Hugo Mendes, antigo secretário de Estado.
E agora apresentou uma queixa-crime contra o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Infraestruturas, João Galamba.
Segundo o jornal Público, a queixa-crime foi apresentada nesta quarta-feira no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.
Frederico Pinheiro acusa Costa e Galamba e de difamação, nesse caso do computador.
“Os visados proferiram graves juízos falsos contra mim e as suas declarações configuram graves imputações de factos de génese criminal”, justifica o ex-adjunto.
Pinheiro considera que foi vítima de uma “condenação pública”, com o objectivo de o “difamar, ao impor terror face à sua conduta” – e isto sobre acontecimentos que “nem sequer presenciaram”.
O antigo elemento do Governo também se queixa de ter tido consequências pessoais e profissionais dificilmente reparáveis por causa desta “novela”.
A Procuradoria-Geral da República confirmou, ao portal Notícias ao Minuto, que recebeu a queixa-crime de Frederico Pinheiro. Já foi aberto um inquérito.