A Inteligência Artificial (IA) está mesmo a mudar o mundo em muitos aspectos. Até pode mudar as preferências de eleitores.
A Microsoft avisa: os chineses estão a utilizar IA generativa para dividir os eleitores dos Estados Unidos da América.
Há meio ano que especialistas chineses aparecem nas redes sociais – com IA generativa – para dividir as posições dos norte-americanos.
Publicam imagens com grande qualidade, atractivas. Mesmo não sendo reais, resultam: as partilhas, as reacções multiplicam-se rapidamente.
Nas redes sociais, há contas ligadas ao Partido Comunista Chinês que publicam imagens geradas por IA; por exemplo, um cartaz do movimento Black Lives Mater com buracos de bala e um homem negro a render-se. Uma publicação partilhada rapidamente por um eleitor conservador nos EUA – e a queixar-se de discriminação racial.
A IA criou também (ou os chineses utilizaram a IA para criar) uma imagem da Estátua da Liberdade a segurar uma arma. ‘A Deusa da violência’, lê-se na legenda.
“Observámos actores afiliados à China a aproveitarem os conteúdos visuais gerados por IA numa ampla campanha que se concentra principalmente em tópicos politicamente divisivos, como violência armada, e a denegrir figuras e símbolos políticos dos EUA”, resume Clint Watts, director-geral Centro de Análise de Ameaças, da Microsoft.
O Business Insider destaca que os chineses estão a atingir uma influência maior do que se verificava no último relatório. Ou seja, estão cada vez melhor nesta divisão.
É cada vez mais difícil verificar se as contas são realmente falsas. São sistemas mais sofisticados, humanos mais avançados no conhecimento da tecnologia.
E fica o aviso dos especialistas da Microsoft: a China vai continuar a avançar, a melhorar, nesta estratégia.
E vai implementá-la a larga escala; só falta saber quando e como.