Apesar dos benefícios conhecidos do café – capaz de nos proteger contra doenças como, por exemplo, o Alzheimer e diabetes do tipo 2 – o hábito de consumir essa bebida assim que acordamos tem vindo a ser questionado.
O café da manhã – o momento e a bebida favorita (e para alguns indispensável) de muitas pessoas pessoas – tem enfrentado algum ceticismo.
As principais preocupações giram em torno da hidratação e dos efeitos que o café pode ter sobre as hormonas do stress.
Embora a água no café contribua para a ingestão diária de líquidos, a cafeína tem um efeito diurético – o que causa um aumento considerável da micção.
Os especialistas, segundo a IFL Science, argumentam que a água é a primeira coisa que se deve beber, todos os dias, antes de tomar qualquer outra bebida.
Além disso, o café estimula a produção da hormona cortisol – hormona do stress -, que atinge o pico quando acordamos. Ora, não é de todo necessário (nem benéfico) termos essa hormona no corpo em dose dupla.
Grávidas e pessoas com problemas digestivos, como, por exemplo, síndrome do intestino irritável ou doença de refluxo gastroesofágico, também devem evitar o café.
Embora o café permaneça “a melhor suspensão orgânica já concebida”, como descreve a IFL Science, o mais sensato será mesmo esperar um pouco, após acordar, para beber a primeira chávena.
Ou seja, não devemos levar tanto à letra o “café da manhã”… ou então substitui-lo por “café do meio da manhã”.
O consenso geral dos especialistas diz, no entanto, que o café pode e deve continuar a ser apreciado: basta ajustar o momento.
Os aspetos positivos do café não devem ser ignorados.
Além do seu papel estimulante, durante atividades de trabalho ou atividade, o ritual de preparação pode ser um bom calmante, e até o aroma pode ser benéfico para aliviar o stress.
O café também já despertou o interesse da comunidade científica para os potenciais efeitos protetores contra doenças específicas, como Alzheimer, Parkinson e diabetes tipo 2.
Uma pesquisa deste ano segeriu que quem costuma beber café tem uma resistência mais alta à insulina. O café pode mesmo reduzir o risco de diabetes tipo 2.
Essa análise indicou que beber apenas mais uma chávena de café por dia estava associado a um risco 4% a 6% menor de diabetes tipo 2.
liberalismo = pseudo-ciência