Joe Berardo poderá ficar na posse de 214 obras de arte que foram adquiridas em parceria com o Estado para o Museu Berardo desde 2007.
O colecionador Joe Berardo deverá ficar com as 214 obras que comprou a meias com o Estado para o Museu Berardo, adianta esta terça-feira o jornal Público.
Estas aquisições provêm de um fundo co-financiado pelo empresário e pelo Estado Português e incluem trabalhos de notáveis artistas portugueses como Cabrita Reis, Rui Chafes, Jorge Molder e João Tabarra.
O protocolo firmado em 2006 entre Berardo e o Estado dava ao colecionador uma opção de compra sobre estas peças.
Segundo o Público, ainda não está claro se Berardo irá exercer diretamente esta opção ou se a transferirá a terceiros — uma possibilidade permitida pelo protocolo.
Este acordo estipula que as obras adquiridas através deste fundo podem ser compradas por Berardo (ou alguém indicado pelo colecionador madeirense) ao preço original de aquisição. tendo o empresário apenas de pagar a parte originalmente financiada pelo Estado, uma vez que já arcou com a outra metade.
Apesar da potencial controvérsia, o protocolo fornece uma espécie de salvaguarda a Berardo. Caso enfrentasse um processo legal que levasse ao arresto das obras, poderia nomear outro comprador, evitando tal eventualidade.
O acordo inicial destinava um milhão de euros anuais para estas aquisições, divididos igualmente entre Berardo e o Estado. No entanto, essa contribuição não foi mantida ao longo do tempo.
Em 2020, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa confirmou o arresto de mais de duas mil obras de arte pertencentes à Associação Coleção Berardo no âmbito da ação judicial solicitada por três bancos credores — Caixa Geral de Depósitos, BCP e Novo Banco — aos quais o empresário deve quase mil milhões de euros.
Joe Berardo tinha contestado a decisão do arresto, avaliando em 1,3 mil milhões de euros a sua coleção, quase o triplo do valor da última avaliação conhecida.
Em maio de 2022, o governo terminou o contrato com Berardo e anunciou a intenção de adquirir a Coleção Ellipse, arrestada no âmbito da falência do Banco Privado Português.
Em 20 de abril, CGD, BCP e Novo Banco entregaram no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa uma ação executiva para cobrar dívidas de Joe Berardo, de quase 1.000 milhões de euros, executando ainda a Fundação José Berardo e duas empresas ligadas ao empresário. O valor em dívida às três instituições financeiras totaliza 962 milhões de euros.
Como não esquecer a Comissão de Inquérito no Parlamento , en que este risonho foi o “Convidado” e além deste original fácies o riso expressivo (ha.ha.ha.ha.) de quem goza com os Contribuintes Portugueses . Mas enfim é o Governo e a pseudo Justiça que temos .
Se comprou com o Estado é 50-50.