Os portugueses olham com maus olhos para o futuro do país, mas a maioria acredita que o melhor é o Governo cumprir o mandato até ao fim. 25% dos eleitores do PSD não vê o seu partido como uma boa alternativa.
Esta tarde há debate no parlamento, sobre o estado da Nação. Os salários e a inflação devem ser os temas em destaque.
A habitação, a educação e a economia são os setores que os inquiridos consideram mais críticos, de acordo com uma sondagem da Aximage para o Jornal de Notícias, Diário de Notícias e TSF.
A maior parte dos portugueses – 59% – diz que o estado da nação é “mau ou muito mau”; só 17% considera que Portugal está num bom caminho.
80% diz que o estado da habitação é mau – e desses, 44% optam pelo muito mau – uma resposta condizente entre quem vive na Área Metropolitana do Porto – 85% – e os mais jovens – mais de metade diz que a situação é muito má.
De acordo com o Jornal de Notícias, a educação é motivo de queixa por parte de 62% dos portugueses inquiridos.
Quanto à situação económica do país, também há muito descontentamento – 60% – e os mais novos são os que voltam a queixar-se mais. De acordo com o JN, 72% do inquiridos com idade compreendida entre 18 e 35 anos avaliam o estado da economia como mau.
No entanto…
A maioria dos portugueses acredita que o Governo vai cumprir o mandato até ao fim.
Segundo o JN, essa previsão é quase unânime entre todos os segmentos da amostra.
56% dos inquiridos acham que o atual Governo dura até ao final da legislatura, e quase a mesma percentagem – 54% – acha que o PSD ainda não é uma alternativa viável a para assumir as rédeas do país.
Contudo, estas percentagens semelhantes em pouco estão relacionadas. Os únicos que veem o PSD como uma boa alternativa para o Governo são os eleitores do PSD (e nem todos!) e os liberais.
A descrença na social-democracia vem, sobretudo, dos eleitores de esquerda – aos quais se juntam, curiosamente, 25% dos eleitores do PSD.
As expetativas quanto à permanência do Governo aumentaram, em relação à sondagem de maio – aí, apenas 44% achavam que os socialistas iriam cumprir o mandato.
Agora, apenas os eleitores do Chega e da Iniciativa Liberal (IL) acreditam que haverá eleições legislativas antecipadas e, nesse caso, 75% diz que só ocorrerão depois das eleições europeias do próximo ano.