Foram divulgados documentos de guerra supostamente secretos. Ucrânia assegura que os planos não foram alterados.
Na semana passada foram divulgados, nas redes sociais, documentos de guerra classificados com detalhes dos planos dos EUA e da NATO para fortalecer as Forças Armadas ucranianas.
Os documentos, que apareceram no Twitter e no Telegram, poderão interferir no muito anunciado contra-ataque da Ucrânia, que deverá seguir em direcção à Rússia ainda nesta Primavera.
A CNN informa, com base numa fonte próxima do presidente Volodymyr Zelenskyy, que a Ucrânia já alterou alguns planos militares devido a esta fuga de informação.
Mas, oficialmente, os responsáveis ucranianos asseguram que nada mudou, nem vai mudar. O conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak disse na sexta-feira que os documentos são falsos, foram alterados e “nada têm a ver” com os planos reais da Ucrânia. São “um grande monte de ficção”.
Enquanto tenta perceber de onde surgiu esta fonte de informação – a Reuters indica que pode ter sido um pirata americano – o Pentágono já reagiu oficialmente, com preocupação.
“Estes documentos são um risco muito grave para a segurança nacional e podem potencialmente alimentar a desinformação”, comentou Chris Meagher, porta-voz do ministério da Defesa dos EUA.
A Rússia também já reagiu. De acordo com Dmitry Peskov, o Kremlin está a analisar ao detalhe e a discutir estes documentos que, para Moscovo, são “bastante interessantes”.
Peskov também assegurou que não há qualquer envolvimento da Rússia nesta fuga de informação. “Agora a tendência é culpar a Rússia por tudo. É uma doença comum”, reagiu o porta-voz do Governo russo.
Rússia vai pedir cessar-fogo?
No início deste ano, pela primeira vez, houve um cessar-fogo na guerra na Ucrânia. Um baixar de armas, pelo menos na teoria, durante um dia e meio para celebrar o Natal ortodoxo.
Na Páscoa ortodoxa do ano passado, Vladimir Putin recusou novo cessar-fogo para “não dar descanso aos nacionalistas de Kiev” em Mariupol.
Agora vem aí a Páscoa ortodoxa deste ano (próximo domingo, 16 de Abril) e o canal Euronews indica que desta vez pode ser a Rússia a pedir um cessar-fogo.
Mais do que respeitar celebrações religiosas, esta paragem temporária iria beneficiar mais o exército russo na batalha que se prolonga em Bakhmut. Além disso, os russos poderiam preparar melhor a reacção ao tal contra-ataque da Ucrânia.
Guerra na Ucrânia
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