Prestações da casa vão subir mais de 300 euros

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Apesar da associação da taxa de esforço com as taxas de juro, 91% dos créditos foram considerados com um rácio de taxas de esforço igual ou inferior a 50%.

A instabilidade das últimas semanas no setor da banca — primeiro com a falência do SVB e depois com a venda do Credit Suisse — veio desacelerar a subida das taxas de juro. No entanto, tal ainda não se reflete nas prestações da casas, sobretudo no prazo de 12 meses. Tal como lembra o Correio da Manhã, num empréstimo de 150 mil euros, a 30 anos, com o ‘spread’ de 1%, a subida referente a este mês pode ultrapassar os 300 euros.

A taxa Euribor a 12 meses, usada em 43% do conjunto de créditos a habitação, agrava a prestação dos empréstimos de 150 mil euros, os quais serão revistos em 306,98 euros este mês. Em função deste aumento, as prestações passam de 466,30 euros para 773,28 euros mensais, segundo cálculos feitos pela Deco Proteste.

Já nos empréstimos de 100 mil euros, nas mesmas condições, o aumento é de 204,65 euros, ou seja, aumentando para 515,52 euros. Caso o valor financiado seja superior, por exemplo de 200 mil euros, a subida é de 409,29 euros, o que se traduz numa prestação de 1031,03 euros.

A subida dos juros chega, assim, aos empréstimos de 12 meses, depois de já se terem feito sentir nas modalidade de três e seis meses. Este atraso deve-se ao facto de as taxas de juro terem permanecido negativas até abril de 2022, pelo que só agora foram revistas.

Ainda de acordo com a mesma fonte, em março, a média manteve-se nos 3,5%, já refletindo a desaceleração provocada pela instabilidade vivida nas últimas semanas.

Como consequência deste aumento, também a taxa de esforço das famílias subiu de 21,9 para 24%, anunciou o Banco de Portugal. No entanto, e apesar da associação deste indicador com as taxas de juro, 91% dos créditos foram considerados com um rácio de taxas de esforço igual ou inferior a 50%.

ZAP //

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2 Comments

  1. Não há pobre que aguente. Enquanto não vivermos todos debaixo da ponte, não descansam. Enquanto a maioria, que é a abstenção não governar, estamos fritos. Viver no capitalismo nunca beneficiou os pobres.

    • Vai para a Coreia do Norte ou para a Venezuela. Aí é que vivem bem. Podes também ir para a tua amada Rússia onde o salário médio são 170 euros. Aí é que vais ser feliz.

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