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Pequenos robôs flexíveis podem (literalmente) fugir da impressora que os criou

Gepner et al., 2025 Device

E se minúsculos robôs pudessem sair da sua impressora? Sim, sua — por apenas cerca de 500 euros poderia ter uma. Cientistas criam uma verdadeira “revolução para engenheiros e artistas”.

A robótica suave mistura o design e a construção de robôs a partir de materiais flexíveis e “suaves”, como plásticos, silicone ou até géis e líquidos, explica a IFLS.

“A robótica suave tem um potencial transformador para os cuidados de saúde, a fabricação e as interações homem-máquina, mas o progresso na investigação e no alcance de objetivos comerciais é limitado pela falta de métodos de fabricação padronizados e escaláveis”,escrevem num artigo os investigadores da Universidade de Edimburgo que criaram uns novos pequenos e autónomos robôs.

“A nossa plataforma de impressão flexível de código aberto aborda essa lacuna, permitindo a produção rápida e confiável de robôs suaves ultra flexíveis com lógica fluídica incorporada que podem sair sozinhos da máquina que os fabricou”, explicam.

Para além de extremamente eficazes, estas impressoras são baratas e fáceis de construir. O robô é impresso a partir de um plástico macio e alimentado pela pressão do ar. Uma vez impresso, o seu tubo de ar umbilical desprende-se e ele sai a “andar”.

“Costumava demorar anos a descobrir como imprimir com estes materiais”, explicou o engenheiro-chefe do projeto, Maks Gepner.

“Utilizando a nossa nova plataforma, qualquer pessoa pode agora imprimir facilmente coisas que antes se pensava serem impossíveis”, diz. “Sem os estrangulamentos de fabrico e conceção que há muito a impedem, acreditamos que a robótica macia está pronta para ter um grande impacto no mundo real“.

“Em última análise, esta plataforma estabelece as bases para uma adoção generalizada e para o avanço colaborativo neste domínio”, afirma o documento.
“Ao reduzir as barreiras técnicas e financeiras, este trabalho tem como objetivo democratizar o acesso à robótica macia”, escrevem os autores do estudo publicado na Device este mês.

O objetivo? “Acelerar a inovação e promover novas aplicações que podem beneficiar a sociedade a curto e longo prazo”, garantem.

ZAP //

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