O Governo de Timor-Leste impediu o Fundo Monetário Internacional (FMI) de publicar o relatório relativo à vigilância das políticas económicas, financeiras e cambiais (Artigo IV) do país, refere a organização na sua página na Internet.
“A opinião do Conselho de Administração foi resumida e transmitida às autoridades do país. As autoridades não consentiram a publicação do relatório da equipa”, refere o FMI, sem especificar as razões para a falta de autorização, numa mensagem divulgada a semana passada.
A análise do FMI a Timor-Leste foi concluída a 15 de Setembro, tendo o fundo emitido em Outubro um comunicado à imprensa, no qual recomenda ao país a realização de reformas estruturais mais profundas para apoiar um crescimento sustentável e a redução da pobreza.
O FMI recomendou também às autoridades timorenses que garantam um controlo adequado sobre as zonas económicas especiais, sublinhando que a suas actividades financeiras e fiscais devem ser incluídas no orçamento nacional, bem como a melhoria da qualidade e divulgação das estatísticas económicas.
Em relação ao dinheiro proveniente do petróleo, o FMI encorajou as “autoridades a continuarem a aplicar políticas prudentes que visem reforçar a estabilidade macroeconómica e a responder às necessidades de desenvolvimento, segundo o Plano Estratégico de Desenvolvimento do Governo” timorense.
Ao abrigo do Artigo IV, o FMI tem um mandato para exercer vigilância sobre as políticas económicas, financeiras e cambiais dos seus membros para garantir o funcionamento eficaz do sistema monetário internacional.
Segundo a organização não-governamental timorense La’o Hamutuk, o Governo timorense não permitiu a divulgação do relatório por estar em desacordo com o conteúdo do mesmo.
“A La’o Hamutuk está desgostosa com esta decisão, porque acreditamos que a informação variada é essencial para o desenvolvimento de políticas económicas e fiscais sustentáveis e equitativas”, refere em comunicado hoje divulgado à imprensa.
/Lusa
Se não querem divulgar, é porque têm ALGO a esconder !
Xanana Gusmão, que grande trambolhão. Que grande queda…