Porque é que o Nestum custa 2,4€ no Continente (com desconto) e 1.69€ na mercearia?

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Drobot Dean / Canva

Sucedem-se as situações em que o mesmo produto alimentar se encontra à venda nos hipermercados a um preço mais alto do que nas mercearias. As grandes cadeias de distribuição repudiam que estejam a especular.

A presidente da Sonae, Cláudia Azevedo, considerou recentemente que, “num mercado aberto e mundial” como o alimentar, a fixação de preços máximos “dá sempre mau resultado” e resultaria em “prateleiras vazias” nos supermercados.

“O facto de os preços subirem não quer dizer que haja mais lucros, pelo contrário”, salientou a CEO durante a apresentação das contas de 2022 do grupo industrial nortenho.

Esta quinta-feira, Cláudia Azevedo enviou uma carta aberta aos trabalhadores da Sonae, a que o Negócios teve acesso, na qual assegura que a inflação alimentar está “associada às cadeias de produção”.

A CEO da Sonae considera que o país tem assistido a uma “campanha de desinformação sobre as causas da inflação alimentar, com danos gravosos para a reputação do setor da distribuição alimentar”.

Esta sexta-feira, a líder da empresa “repudiou” que esteja a especular com os preços, e garante que a prova está na margem de lucro de 2,7% do Continente.

Mas a pequena margem de lucro apontada parece ser inconsistente com os preços que na realidade os consumidores encontram nas prateleiras do supermercados — em particular quando se sucedem os casos em que o mesmo produto se encontra muito mais barato na mercearia.

Um exemplo recente é o trazido ao Twitter pelo utilizador com o perfil Alfacinha Cunqueirense, que esta quinta-feira publicou imagens de embalagens de Nestum Chocolate à venda no Continente a 2,14€ (já com 25% de desconto) e a 1.69€ num mini-mercado da Pontinha.

Também recentemente, a 10 de março, a Nestlé Portugal dizia ser “fundamental” que o Governo tenha uma ideia clara de como se formam os preços ao longo da cadeia de valor, “numa altura em que se tenta perceber as razões por trás do encarecimento de bens alimentares essenciais em contraciclo com a taxa de inflação geral”.

Parece no entanto estranho que um mini-mercado consiga, para uma mesma caixa de cereais da Nestlé, “formar preços” 21% mais baixos (já com desconto) do que a Sonae — que tem neste produto, pelo menos, uma margem de 27% de lucro, se o mini-mercado estiver a fazer beneficência com margem zero nos cereais.

Apesar deste exemplo (entre outros) de diferenças significativas dos preços encontrados nas prateleiras de supermercados e mercearias, as grandes cadeias de distribuição, como é o caso da Sonae, “repudiam” que estejam a especular.

De quem é então a culpa do aumento generalizado e significativo dos preços dos produtos alimentares nos últimos meses? Para o movimento “Os Mesmos de Sempre a Pagar” não há dúvidas: da Sonae.

Esta quinta-feira, o movimento de cidadãos entregou uma carta aberta à direção da empresa, na qual a acusa de obter lucros “escandalosos”.

A missiva responde à carta aberta enviada por Cláudia Azevedo aos trabalhadores sobre a “campanha de desinformação sobre as causas da inflação alimentar” verificada no país.

O movimento, que se apresenta como um “grupo de cidadãos preocupados com o agravamento desregulado dos preços que exige soluções para o aumento do custo de vida”, contraria esta versão.

Em declarações ao JPN, Alexandra Paz, dirigente do movimento, assegura que o que está a acontecer não são “campanhas de desinformação”, mas sinais de uma “necessidade de maior informação” da população sobre o tema.

Segundo o movimento, “não é verdade” que a culpa do aumento dos custos dos produtos alimentares não tenha relação com a distribuição. E uma prateleira com embalagens de Nestum Chocolate algures num mini-mercado na Pontinha parece dar razão aos mesmos de sempre a pagar.

Mas se assim for, “num mercado aberto e mundial como o alimentar”, resta sempre aos consumidores deixarem as prateleiras dos hipermercados cheias e tratarem de esvaziar as das mercearias.

Armando Batista, ZAP //

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65 Comments

  1. O mesmo acontece noutras superfícies. Ex: um pão de 800g custa no aldi ( Boliqueime ou Loulé) 1,25€ . O mesmo pão custa no pingo doce Loulé 1,85€. Pão esse produzido na zona industrial de Loulé.

  2. Na realidade os grandes grupos financeiros e dos produtos alimentares rezam que a guerra nunca acabe ! pois é nestas alturas que se fazem grandes fortunas. Isto já conhecido dos velhos tempos das guerras! É castigar os oportunistas! A democracia acaba quando começa a minha.

    • És muito triste, guarda a tua fortuna!!
      Tratasse de Informar os cidadãos comuns, que não parece ser o teu caso! Deves ter nascido em berço de ouro, para não te preocupares com as dificuldades e os problemas que o país atravessa!

      • Nunca vi nenhum problema em o preço de um bem ser mais caro nuns locais do que noutros. Veja o exemplo dos combustíveis. Eu tradicionalmente ponho sempre onde é mais barato.
        Cada um é livre de comprar onde quiser. Mau seria se em todos os locais o preço fosse o mesmo, sobretudo sendo este alto. Assim, de que modo é que isto pode ser um problema?!! Só se for para o comerciante que tem o preço alto! As pessoas deixam de lá ir e ele perde clientes. Mas, ao que parece, as pessoas insistem em ir ao Continente, mesmo sabendo que aí pagam mais pelo nestum! Há pessoas para tudo. O seu comentário, falhou o essencial. É livre de escolher onde comprar. Eu não me queixo que seja caro no Continente ou no Pingo Doce desde que haja outros locais onde seja mais barato. A opção é minha. Abra mais os olhos e verá que poupa muito mais.

        • O Continente sempre teve preços altos. Não é de agora.
          Ainda antes do covid tive uma conversa com um amigo que dizia que fazia as “compras do mês” no continente e “discutirmos” que no geral era tudo caro, excepto alguns produtos âncora promocionais! Mas que no cabaz era tudo bem mais caro que noutros sitios.
          Mas o pessoal vai na cantiga do marketing e pronto.
          A Worten é outra que tal… mas o povo quer o crédito…

          • Olhe no caso da worten, precisei de uma máquina de lavar roupa ,fui procurar no site da deco e achei a escolha acertada na worten estava a mais de 600 euros, e o prazo de entrega era de 2 a 3 semanas.
            No Porto na loja MHR 370 euros com 14,99 de portes e entrega em stock 2 a 3 dias úteis sem stock 3 a 5 dias úteis, se quiser pode comprar também a crédito.
            Claro que a minha máquina nova veio do Porto.

          • Portanto, queres ir a um sítio específico que se adequa às tuas necessidades e tem tudo o que precisas com 15 ou 20 funcionários a preparar tudo para que esteja visível, numa loja com limpeza, arcas frigoríficas para te manter os produtos frescos e mesmo à porta de casa, mas que seja ao preço da lojinha que fica a 12km e provavelmente com 70m2 de um funcionário e seleção limitada !!!

            Parece-me plausível …. Não fossem os grandes hipermercados desenhados para dar lucro com gestores que procuram máximo rendimento do seu tempo e dinheiro investido e seria uma realidade … felizmente o governo cobra-lhes 21% dos lucros para doutrinar a sociedade a detestar todos os que dão lucro; que trabalham; que tem sucesso financeiro, da mesma maneira que detestamos os que não dão lucros e são um peso para o estado. Uma sociedade de tal maneira inerte que só valorizamos os pobres coitados que nunca quiseram fazer nada da vida e se queixam que não tiveram uma oportunidade, abençoado seja o governo … o governo é pai!!!

            Que seria deste país se as pessoas começassem a olhar para o seu umbigo em vez do dos outros, lutar para sobreviver sem ajudas do governo a gerar riqueza própria e comunitária, estaríamos condenados a ser uma sociedade independente e sem amarras governamentais com governos eleitos para governar em vez de cuidar ! Que Deus nos livre de cair em tentação de procurar algo melhor na vida.

          • Que bem. Filosofar sobre um facto tão simples que não é preciso assinar nenhum contrato de exclusividade para não conseguir fazer compras onde se quer… “Que Deus nos livre de cair em tentação de procurar algo melhor na vida.”

    • O pior são dezenas de artigos sem preço ou há um preço para vários artigos diferentes que por acaso nem corresponde ao código que está etiqueta.

      • A ASAE tem de fiscalizar melhor, porque até eu já vi um artigo que custava 1,77 euros e, na caixa, o seu preço era de 2,24 euros, um claro roubo. Como é possível? Entre a prateleira e a porcaria da caixa, há este aumento? Não só num produto, mas em muitos mais. E esta medida miserável do IVA Zero, nem deveria ter sido colocada em hipótese, muito menos concretizada, porque os preços vão continuar a subir intencionalmente, alguém tem que lucrar… e o povo fica a chorar.

  3. Os preços estão a flutuar como nunca antes visto, em tudo. É ao dia. Trabalho não na área alimentar, mas vejo isso. Não compro ao fornecedor duas vezes seguidas ao mesmo preço, nunca tinha vivido tal situação. Portanto basta uma casa ter stock de remessas diferente que foi comprado ao fornecedor a preço diferente, logo preço final diferente tambem. Tenho pouca pena de famílias Azevedos, ou Jerónimos Martins, etc, mas que no retalho se trabalha com margens muito baixas trabalham, não é aí q fogem muito… Até às campanhas são os fornecedores que se chegam a frente, senao daria prejuízo.

  4. O chamado comércio «tradicional» ou «mercearias» são conhecidos por terem preços iguais ao mais caros do que as grandes superfícies, a maioria vigariza o cliente, chegam a comprar produtos baratos (em promoção) nas grandes superfícies e depois vendem-nos mais caros, tratam mal o cliente e cospem no seu dinheiro.
    Longe vão os tempos do verdadeiro Comércio Tradicional em Portugal, com a fiscalização, profissionalismo, bom gosto, e qualidade, exigida pelo Estado Novo; quem nasceu no Século XX até à Década de 80 ainda conseguiu usufruir desse conceito.

  5. Mercenários puros. E fazem no com a complacência do governo . As coimas são ridículas . O regulador é uma vergonha . Ou é o petróleo ou é o covid ou a guerra.
    Numa altura em que se afiam facas p regular mulheres a dias, biscateiros, prostituição. Ainda se defende que foi a falência das famílias que mandaram os bancos ao chão. Não foi , foi o gamanco, foi roubo e má gestão e compadrio. IMPUNIDADE.
    Porque os que nos governam há anos sejam uns ou outros são manifestamente incompetentes ,criados como pintos dentro dos partidos ,formatados .
    Conheço polícias a lavar escadas depois do trabalho porque estão deslocados 200kkm de casa e n tem dinheiro p pagar 1 quarto. Educadores a levar p casa 600/700€ por mês. Enfermeiros que se não fizerem turnos de 12/14h n ganham 1000€ . Esta é a matemática que ninguém faz.
    Ora se as pernas de frango custavam 1.48€/kg e agora custam 3.05€ as bifanas 2.99€ e agora 5.78€ etc
    O outro, mesmo segundo dizem caduco e senil, veio ao congresso quando a guerra começou e avisou os todos muito bem: “se pensam que se vão aproveitar da guerra para gerar lucros ilícitos as coimas e penalidades serão tão elevadas como os lucros que gerarem não chegaram para as pagarem” . E por cá???!! Manda se 3 ou 4 gajos da ASAE isto depois passa . O que a maioria não sabe e que os grandes grupos de retalho já dominam também o setor produtivo! Pois a pagar a 90/180/360 dias levaram muitos a falência e ficaram lhe com o negócio por tuta e meia.
    Porque quando rodam os governos os parasitas que ficam destapados vão precisamente para estes grandes grupos dar acessória e consultadoria por verbas vergonhosas e isto tem de ser pago!
    E sim já a muito tempo que faço as minhas compras no pequeno comercio e feiras . Porquê? Os produtos na generalidade são melhores e curiosamente mais baratos!
    E quando essa Sra vem a público falar em suportar custos até parece que está a fazer caridade! Que vergonha.

  6. E o mesmo acontece com tantos outros géneros, como o Mokambo Cereais eCafé. Ainda ontem vi que estava a cerca de 5€ no Auchan, mas no Continente também é próximo desse valor. Aqui no mercado da vila está sempre a 2,90€. Tal como tantas outras pessoas, também eu já “abri o olho” e concluí que os Hipermercados andam mesmo a roubar as pessoas. Podem ter alguns artigos mais baratos, mas no fim pagamos muito mais do que no mercado da vila ou mercearia da aldeia.. Abram os olhos, portugueses….

  7. Como é que uma empresa que compra 1000 caixas de Nestum vende mais caro que uma que compra 10, isso é que eu gostava que fosse explicado.

    • Simples, a mercearia tem mais dificuldade a escoar os stocks e certos produtos compraram à mais tempo, bem n mais barato. Os hipermercados como vendem muito mais, esgotam os stocks rapidamente, tendo que os renovar a preços mais caros.

  8. A diferença pode ter uma explicação simples: a renovação de stock de produtos de grande validade nas mercearias tende a ser muito mais lenta do que nos supermercados. Logo, pode haver mercearias que estão a vender produtos com os preços que tinham de há meses atrás, da altura em que compraram os produtos. Nos supermercados isto é mais difícil de ocorrer.

    • Finalmente um comentário de jeito nesta enxurrada de opiniões. Sem despenalizar a possivel inflação exagerada de preços, não só no vendedor final mas em todos os pontos das cadeias de produção e de distribuição, a rotação de produtos a velocidades bem diferentes faz com que qualquer comparação entre um hiper e a mercearia da esquina seja irrelevante. Comparar um hiper com outro faz sentido. Mas vir dizer que o nestum provavelmente comprado ainda no ano passado, pre inflacao de 2023, seja mais barato que o que o hiper repos ontem é constatar o obvio sem contribuir muito para a identificação do real problema.

      • 4 disparates:
        1. As mercearias não têm qualquer capacidade de fazer grandes stocks.
        2. Não se faz stock de produtos perecíveis, como cereais, que têm validade de uns 6 meses se tanto.
        3. A super-inflação dos preços alimentares não começou em 2023, começou há um ano (com o óleo, já agora)
        4. Não se poderia comparar um produto mais caro numa mercearia com um mais barato num hipermercado — circunstâncias diferentes. Mas CLARO que se pode comparar o inverso, quando as circunstâncias diferentes jogam precisamente a favor da capacidade dos hipers (que são conhecidos por negociarem em massa e esmagarem os preços junto dos produtores, algo que as mercearias não conseguem fazer) fazerem preços mais baixos do que as mercearias. Quando é o contrário que acontece, claro que se pode comparar.
        Também acho piada aos comentários acima a dizer “cada um compra onde quer”, e “se não gostas, põe-te a produzir”. Eu vivo no montijo, não sou agricultora nem tenho uma quinta, sou uma assalariada e recebo parte do meu salário em cartão de refeição. Não tenho a opção de produzir as minhas hortaliças nem de comprar os meus nestuns na mercearia, tenho que ser cliente dessa gente.
        Portanto, acho muito bem que alguém ponha o dedo na ferida e que se constate o óbvio — que se denuncie o óbvio, porque parece que essa gente anda a tentar atirar areia para cima do óbvio.
        E para terminar,
        5. Como assim, identificar o real problema? Está a gozar?

      • Que palermice total que para aí vai.
        Se assim fosse ainda seria pior. Atualmente (de há dois ou três meses para cá) os preços de combustíveis, eletricidade e gás estão muito mais baixos. Há 6 ou 12 meses é que estavam muito elevados. Fale do que sabe!
        E já agora… e se eu lhe dissesse (e são dados do INE) que os preços no produtor aumentaram mais do que no consumidor?! O que me tem a dizer?! Estará a distribuição a aumentar as margens?!
        Ou estará o mesmo fenómeno responsável pelo lucros das petrolíferas e das receitas fiscais do Estado a alavancar igualmente os lucros da distribuição?! É que mantendo a margem (ou a taxa de imposto, no caso do Estado) sobre uma base maior, gera mais receita! E se os preços aumentam, a base aumenta. Só o Estado, arrecadou milhões extra em impostos e não vejo ninguém preocupado com isso.

    • Acho que está enganado pois os hipers tem mais capacidade de armazenamento e os contratos e preços são decididos com muita antecedência , não se iluda pois compro sempre na minha mercearia e sei como funciona, o dono abastece mais de uma vez por semana. A grande distribuição está a roubar os consumidores à muito tempo, e agora estão a meter a mão na produção pois os produtores estão arruinados, imaginem daqui para a frente, não existe ninguém que ponha termo a isto?
      Será isto legal?

      • Em 2022 os preços no produtor aumentaram mais do que no consumidor. Pense um pouco como é que isso é possível. O que diz são opiniões, isto são números reais. Está totalmente enganada.

  9. Sempre o mesmo espírito português e proletário! É reclamar de tudo mas não procurar solução a não ser à custa dos outros.
    Quem tem um negócio – agricultor, industrial, pescador, transportador, retalhista, grande distribuidor, prestador de serviços e por aí fora é sempre ladrão e vigarista só porque cobra, pelos vistos sempre demasiado, por aquilo que vende.
    Se tanto reclamam, produzam! Certamente aí já ficará barato…

    • Nem sempre são vigaristas e as vezes até têm prejuízo, e claro têm de ter lucro mas o que está a acontecer não é isso é mesmo roubo.

  10. Estes gestores que se acham muito espertos, indo à boleia da inflação para subir injustificadamente os preços, não passam de uns CHICOS-ESPERTOS que vão causar GRAVES EFEITOS REPUTACIONAIS para o futuro nas empresas que gerem. Eu por exemplo deixei de ir CONTINENTE e, se for é para comprar um produto pontual, mas antes faço uma análise prévia dos preços que se estão a praticar no mercado.
    OS CONSUMIDORES TÊM QUE REAGIR E PENALIZAR estas grandes cadeias GERIDAS POR CHICOS-ESPERTOS.

  11. Porque é que o pão está tão caro como um iogurte de aromas? Quando um iogurte exige muito mais do que a produção de pão.
    Porque é que os ovos custam quase o dobro, deixaram de ser postos por galinhas?

    • Em que é que vêm os ovos? Em caixas! Sabe como é que se produzem essas caixas? E o que consome produzir essas caixas? Informe-se e perceberá o motivo do aumento do preço dos ovos.

      • Sim sabemos as caixas são feitas de material reciclado , a matéria prima é quase de borla ou melhor somos nós que pagamos na factura da água todos os meses.

        • Se não sabe, não comente. Informe-se primeiro. Não tem a ver com a matéria-prima mas sim com o processo de produção. É um processo altamente consumidor de gás!!

          • Nem tu acreditas nisso!! Então as extrusoras são a gás??? Nem na China!! O processo é com uma amplitude térmica tão restrita que somente através de sistemas elétricos… Ahh… E já agora aproveito para te informar de que a maioria já está com sistemas de produção própria de energia para evitar eventuais flutuações do mercado fornecedor de energia…

          • Eh eh eh…tanta asneira. A maioria?!?! Mas quantas empresas a produzir disto em Portugal é que pensas que há?! Que tolice pegada. Fala do que sabes….que obviamente não é disto.

          • O Pois Então tem razão. Este processo produtivo consome imenso gás. Aparentemente o triple xxx não sabe do que fala.

  12. Simplesmente vou contatar o que se passou comigo, isto no Contimente: julgo que em janeiro, o preço do Nestum com Mel o custo era +- 6,60 e quando havia promoção dos tais 25% rondava pelos 4,80 +-.
    Recentemente, aumentou para 8,30 e quando há promoção o valor anda nos 6,60.
    * note-se que quando olhei para o preço do aumento comentei logo: …” quando ouver a promoção deste produto, vai ficar com um valor aproximado ao preço anterior…” Dito e feito!!!
    Nota: O Pingo Doce tem o preço igual e o Continente também.
    Quando um faz promoção o outro mantém-se. Quando acaba a promoção “o tal outro” faz promoção com o mesmo valor.
    Quase que juro a combinação de preços. Poderá haver alguma discrepância em cêntimos, mas é altamente notório a sua aproximação.
    Não venham com as lérias de que isto não trás pedra no sapato, obviamente que em outros produtos usam e abusam, agora a guerra não justifica os meios para chegar à conclusão aos fins a que se destinam.

  13. Os assaltos à mão armada são punidos pelo código penal.
    Mas nem todos…
    Há muito tempo que verifico que p.e. nos vinhos, a grandes superfícies têm campanhas com 25%, 50% e até 70%.
    Mas quando consulto as lojas de vinhos online verifico que o preço que praticam é ainda mais baixo do que o valor líquido do desconto.
    Claro que não compro. Não vou no engodo do desconto porque a prática é: sobe o preço primeiro e depois aplica o desconto, para ficar tudo tal e qual.
    Vão dar banho ao cão…

    • Ó Luís, esses vinhos que vê no continente com 40, 50, 60 ou 80% de desconto são vinhos fracos que nunca seriam vendáveis pelo preço original. A estratégia é exatamente essa. Posiciona-se o vinho por cima e vende-se por baixo. Na prática vende-se pelo preço justo para o vinho (ou até acima disso) mas com um argumento de venda muito poderoso: um hipotético desconto que na realidade nunca existiu. E assim, vende-se melhor.
      Tenho muita experiência no setor dos vinhos e posso dizer-lhe uma coisa: um bom vinho muito dificilmente tem promoções. Geralmente, escasseia na prateleira. Até porque as produções em Portugal são limitadas. E mesmo grandes vinhos, não o são todos os anos. A agricultura é assim.

  14. Se olharem bem, o problema não começou com a Ucrânia como nos querem atirar prós olhos. Já no final de 2021 eu reclamei por e-mail ao Continente e à Nacional o aumento brutal nos cereais que costumava comprar. Obtive uma resposta de treta. E o leite começou também a disparar antes da guerra.

    Qual guerra qual carapuça… A guerra é mas é contra as nossas carteiras!

  15. Exemplos não faltam e alguns ainda piores do que o Nestum, achocolatado Nesquik extra choco 390 G, no Continente e Pingo Doce custa precisamente o mesmo 5 49€, no Coviram custa 2,99 €, reparem bem na robalheira, outro pexemplo, o Arroz carolino da marca Cigala no Pingo Doce custa 2,14 € no Coviram 1,59€.

  16. Gostos desta discussão, embora não concorde com tudo ,mas vejo que estamos a abrir os olhos e aprender.
    Quando falamos da guerra e a relação desta com a inflação, não se deixem cair no engodo, pois a inflação já existia antes e sra Lagarde dizia que era passageira.
    Os preços já estavam a subir e não digam que é o preço da energia pois, o governo concedeu ajudas de todo o tipo , aos mesmos do costume.
    Perguntem à sra Cláudia Azevedo, mesmo com o imposto sobre os lucros extraordinários , o valor que pagou sobre o facturou e vão ver que em percentagem pagou muito menos que todos nos.

  17. Acho que uma parte da responsabildiade cabe aos clientes. Eu cá sou cada vez mais criterioso com os preços por isso é muito raro ir ao Continente. A diferença de preços nos produtos que compro é mesmo muito significativa e nem com os descontos de 25% conseguem ser competitivos. Apesar disso continuam a ser o supermercado que mais vende em Portugal por isso acho que a maioria dos consumidores não quer muito saber dos preços. Não sei se é por acaharem que é nacional quando a sede fica nos Países Baixos (tal como o Pingo Doce) ou se gostam das promoções em que o preço final é mais caro.

  18. Estou enganado ou as pessoas compram onde querem, será que são obrigados a comprar onde é mais caro, não entendo esta mentalidade, cada um sabe de si, não temos que impor nada a ninguém cada empresa é livre de praticar o preço que melhor entende, quem não quiser que não compre.

  19. Eu não tenho esses Problemas, não entro numa Superficie comercial há Meses e quando vou é porque não encontro algum Produto numa Mercearia, compro tudo da Marca amanhecer e Poupo Muito em relação as Grandes superficies , alem disso dou Dinheiro as Lojas Locais

  20. Esta Claudia Azevedo podia ir-se encher de moscas… pensa que somos todos lorpas para engolir as suas desculpas de treta

  21. Ja Para Nao Falar nas Marcas que mantiveram os PreÇos Mas Reduziram a gramagem do Produto e mantiveram a mesma Embalagem

  22. A culpa não será tanto da sonae como da fiscalização que fecha os olhos para não ver o que está bem patente! Isto é um roubo mas ninguém o detecta! Mas se houver alguém que, por ter fome, tire alguma coisa, sem pagar ,caem- lhe logo três ou quatro polícias em cima! Revolto-me quando, ao passar no Pingo Doce no Cais do Sodré , vejo 3 ou 4 polícias ao serviço desta grande superfície! E lá dentro quem é que nos defende a nós quando somos enganados com falsas promoções e descontos como aconteceu aqui no Continente?

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