Líder do Grupo Wagner quer ser Presidente da Ucrânia (e promete fim da guerra)

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ZAP // cv AP

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, revelou num vídeo que pretende candidatar-se às eleições presidenciais da Ucrânia, em 2024.

“Olhando para tudo à minha volta, tenho ambições políticas. Decidi candidatar-me à presidência em 2024. Para Presidente da Ucrânia”, diz Prigozhin num vídeo partilhado no Telegram.

O chefe do grupo paramilitar não espera que seja uma corrida solitária. No vídeo, Prigozhin diz que tenciona competir contra o atual Presidente, Volodymyr Zelenskyy, e contra o antigo chefe de Estado ucraniano Petro Poroshenko.

“Se eu ganhar as eleições presidenciais da Ucrânia, então tudo estará resolvido, não serão precisos mais bombardeamentos”, acrescentou, citado pela agência de notícias turca Anadolu Agency.

O Grupo Wagner tem sido de extrema importância para a Rússia continuar com a guerra na Ucrânia. No entanto, recentemente, Prigozhin tem-se mostrado algo crítico em relação a Moscovo.

Entre outras coisas, queixou-se da falta de munições para os seus soldados que combatem na linha da frente de Bakhmut. No vídeo, Yevgeny Prigozhin diz que necessita de 10 mil toneladas de munições para continuar com a investida.

“Não vou a lado nenhum”, disse ainda o líder do Grupo Wagner, recusando a ideia de que desistiria se a Ucrânia lhe desse mais dinheiro do que a Rússia.

Prigozhin é conhecido como “chef de Putin” porque os seus restaurantes e empresas de catering ofereciam jantares aos quais Putin comparecia com dignitários estrangeiros.

O Grupo Wagner surgiu pela primeira vez na Crimeia após a sua anexação, em 2014, e desde então tem presença na Síria, na Líbia e noutras zonas de África.

Prigozhin sempre negou qualquer ligação ao grupo até setembro de 2022, altura em que admitiu ter criado a empresa paramilitar privada numa publicação na rede social russa VKontakte.

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