Marcelo descarta demissão de Medina. Referia-se a “consequências jurídicas, não políticas”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou ter aberto a porta à demissão de Fernando Medina, ao dizer que o “ministro das Finanças poderá ponderar as consequências do relatório” da Inspeção-Geral das Finanças sobre a indemnização de 500 mil euros paga pela TAP a Alexandra Reis.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, Marcelo, afirmou que se referia a “consequências jurídicas, e não políticas” e que Medina se vai pronunciar quando existir um relatório “definitivo”.

“Imagino que as conclusões [do relatório] sejam que é tudo legal, se não for tudo legal, depois há vários tipos de irregularidades e em função dessas irregularidades”, o ministro vai atuar em função da lei, acrescentou, citado pelo Observador.

Para Marcelo, o que está “em causa” é a existência ou não de “irregularidades” e a relação jurídica em relação a essas possíveis irregularidades.

Questionado sobre a participação de Lula da Silva na sessão solene do 25 de Abril, declarou afirmou que “o que a Assembleia da República decidir está bem decidido”. As “pessoas que têm memória muito curta”, disse, lembrando que Lula visitou Portugal e foi recebido na Assembleia da República a convite de Cavaco Silva.

Na sua opinião, o relevante é que Lula venha a Portugal “antes de ir a outros países europeus, porque as relações com Portugal são mais íntimas, são mais importantes, no passado e no futuro, do que com outros países europeus”.

“Independentemente de haver opiniões favoráveis ou desfavoráveis ao cidadão e ao político Lula da Silva, e há quem goste muito e há quem não goste nada no Brasil, como em Portugal, o que interessa é o Presidente Lula da Silva, que é o Presidente de todos os brasileiros”, referiu.

Marcelo apenas faz elogios “justos e suficientes”

Marcelo considerou igualmente, citado pela agência Lusa, que “não faz muitos elogios ao Governo”, apenas “os justos e suficientes”, tendo sido na segunda-feira o caso para a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

“O Presidente da República não faz muitos elogios ao Governo, quando faz são justos, faz os suficientes. A senhora ministra tem, para além da sua carreira brilhantíssima, mostrado, quer no domínio do ensino superior, mas em particular na ciência e tecnologia, um dinamismo e sensibilidade para problemas fundamentais do nosso país”, notou o chefe de Estado.

Em concreto, referiu-se a um protocolo recentemente assinado entre Portugal e a universidade norte-americana de Stanford, na sequência da visita que ele próprio fez à Califórnia. “A visita foi em setembro, ainda não acabou o mês de fevereiro e foi assinado há dias o primeiro protocolo de Stanford com Portugal”, elogiou.

Questionado pelos jornalistas, no final da cerimónia, se tem tido menos razões para elogiar o Governo nos últimos tempos, disse que terá “as razões que tiver em cada momento” para elogiar ou não o executivo.

“Há coisas positivas. Por exemplo, espero muito da nova equipa que foi encarregada de gerir o Serviço Nacional de Saúde. Há outras coisas que correm menos bem, já chamei a atenção para o que penso sobre o atraso da segunda parte da execução do Plano de Recuperação e Resiliência”, exemplificou.

Indagado sobre um aumento das manifestações de rua, nos últimos meses, contrapôs que, na segunda metade de 2018, havia protestos de “camionistas, estivadores, enfermeiros ou função pública”.

“Neste momento, temos a luta específica dos professores, muito determinada, muito contínua, e houve agora uma manifestação em Lisboa – de menor dimensão do que a dos professores – sobre o custo de vida. A democracia é isso”, disse, realçando que o mesmo se verifica em outros países, até com outra dimensão, como em França.

ZAP //

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1 Comment

  1. Há duas hipóteses , ou diz o que não sabe ou sabe o que não diz , num caso como noutro jà estamos habituados ao blà blà blà do Ilustre P.R ! ….. ainda falta para a reforma choruda , mantenha-se ao quente , as temperaturas estão en baixa !

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