O investigador criminal Barra da Costa considera que houve, nos últimos anos, momentos assumidos por “políticos profissionais e seus acólitos” de matriz psicopata, exemplificando com o fecho de centros de saúde ou o “roubo oficial” de reformas.
A análise do criminologista José Martins Barra da Costa, antigo inspetor chefe da Polícia Judiciária, resulta da investigação que desenvolveu para o livro “Nós, os psicopatas – fantasias, manias e anomalias”, recentemente publicado pelas edições Macaronésia, no qual concluiu que “nem todos os psicopatas são assassinos ou criminosos“, sendo estes “os mal sucedidos”.
“Os bem sucedidos encontram-se plenamente inseridos no seu contexto socioprofissional, onde ocupam, na maior parte das vezes, cargos de relevo na política e nos governos, em instituições, em empresas, na ciência ou nas polícias”, disse o autor, em entrevista à agência Lusa.
Neste livro, que pretende “debulhar tudo o que é história, biologia, psicologia, sociologia e, evidentemente, criminologia desse terrível desvio do comportamento, assente numa grave perturbação da personalidade, que é a psicopatia”, Barra da Costa descreve os traços mais determinantes dessa perturbação.
“Há pais psicopatas, patrões psicopatas, maridos psicopatas, políticos psicopatas, empresários psicopatas, companheiros de trabalho psicopatas. A maioria deles jamais será detida e nunca cometerá algum crime”, sublinhou.
As motivações dos psicopatas passam por “ideais de poder e ‘status’ social, em detrimento da empatia e do apego”.
“O psicopata não possui capacidade para sentir tristeza, desespero, desalento ou dor pela perda de alguém, constituindo-se como um ser desprovido de sentimentos verdadeiros, um ‘desalmado'”, adiantou.
Crueldade psicopática na política
Para o criminologista, existiram em Portugal, “nos últimos anos, momentos assumidos pelos políticos profissionais e seus acólitos, que são de matriz psicopata, atentas as consequências gravosas para as populações mais desfavorecidas em termos socioeconómicos”.
Alguns dos momentos apontados por Barra da Costa como exemplo destes momentos de matriz psicopata são “o fecho de centros de saúde, escolas e tribunais, o roubo oficial de reformas e subsídios de férias e de natal, o esbugalhar de postos de trabalho, vencimentos e direitos, a atrofia social pela via tributária ou o afastamento compulsivo de funcionários sob o olhar cúmplice de um sistema de justiça medieval”.
“Trata-se de exemplos da crueldade premeditada, da frieza e da falta de remorso por parte dos que mais têm e nada fazem (para além de consumir), para com aqueles que produzem (justamente os mais desfavorecidos em termos sociais e económicos)”.
Por norma, acrescentou, “esses ‘responsáveis’, psicopatas aparentemente não-criminosos, convidam a entender essa psicopatia como uma ‘necessidade’, um desígnio coletivo, sob a capa de uma ‘recuperação económica’ ou de um ‘regresso aos mercados'”.
Segundo o investigador, “as ligações cerebrais dos psicopatas são diferentes das pessoas ‘normais’, na medida em que os psicopatas são jogadores de xadrez psicológico e manobram as pessoas como peões em um tabuleiro”.
“Um primeiro-ministro ou um ministro das finanças não se ralam se condenam uma população à fome ou se estimulam uma guerra”, afirmou, acrescentando: a “um ministro da educação que não se importa de despedir milhares de professores apenas para poupar uns tostões – esquecendo-se que um seu colega optou pela compra de um submarino, gastando nisso uma quantia que daria para pagar os vencimentos desses professores e dos efetivos, durante cinco anos – nada preocupa, desde que as suas necessidades pessoais e partidocráticas sejam satisfeitas”.
/Lusa
Pois é… A impunidade de que certas figuras da política (quase todos) gozam tem por trás a força dos partidos (as leis nunca são feitas para prejudicar ou enfraquecer aquela classe de desclassificados). Por mais que digam que querem mudar o rumo das coisas têm sempre as mãos atadas (e untadas), devendo sempre favores ou subserviência a algum “padrinho”. Políticos, tudo idêntico, aqui ou na China! Mas são todos amigos!
“antigo inspetor chefe da Polícia Judiciária”-mais um que não está a gostar que lhe vão ao bolso e aproveita um livro para criticar quem está a por um travão nisto. Não há ninguém em Portugal que receba reformas justas face ao que descontou e estava tudo a receber muito acima do que o sistema permite. É insustentável dada a inversão da piramide demografica. São direitos adquiridos que nunca o deviam ter sido, não há roubo nenhum, há apenas um acautelar do futuro, para que o sistema seja sustentável dentro de 20,40,60 anos e não sejá apenas para encher os bolsos dos que estão agora a receber e ficar vazio para os que vêm a seguir. Faltou-lhe escrever sobre os pseudo-escritores psicopatas que não sabem do que falam.
Filhos de **** que não trabalham, não têm filhos, não têm futuro, a estes nada importa, muito menos as injustiças, a fome da família, as crianças com fome. São estes psicopatas disfarçados de «inteligentes» que sustentam os que tomaram conta do poder. Já no tempo do fascismo era assim: pediam aos algozes que batessem ainda mais em quem denunciava que estava a ser roubado. Deus é grande. kraal
“Segundo o investigador, “as ligações cerebrais dos psicopatas são diferentes das pessoas ‘normais’, na medida em que os psicopatas são jogadores de xadrez psicológico e manobram as pessoas como peões em um tabuleiro”
EM UM tabuleiro???? Por algum acaso fomos conquistados pelos Brasileiros e eu não dei por isso???
Porque em PORTUGUÊS decente e legal (sim, já que aquilo que se fala no Brasil não é nenhum dos dois) existe a palavra NUM, contracção (SIM, com dois C!) das duas anteriores…..
Jornalistas…..
Caro theorchidtree,
Sem prejuízo de que os “jornalistas” podem cometer erros muito piores do que os gramaticais, sim, tem razão, deveria ter sido usada a contracção.
No entanto, não a usar não é, segundo creio, totalmente incorrecto, nem é um “brasileirismo”.
É uma opção “invulgar”. Iremos mantê-la.
Obrigado pelo seu reparo.
“em um tabuleiro”, porque há sempre a possibilidade de ser “em dois ou mais tabuleiros”. Ou seria correcto “nuns tabuleiros”?
Mas eu vou explicar mais devagar, para não complicar muito os movimentos cerebrais do theorchidtree
Quando estruturamos um texto no caso de «em um ou num» trata-se de uma questão de estilística. Na palavra resultante da combinação, o artigo não se altera nem desaparece, mas a preposição pode sofrer alteração, formando nova palavra. É a linguagem informal. Explico: como o Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para definir ou indefinir o ser nomeado por ele (substantivo), ao combinarmos a preposição em com o artigo indefinido um, resulta a combinação num. Isto é, a preposição «em» modificou-se e nada mais do que isso.
Esta combinação faz a referência ao caráter da linguagem. Usá-la ou não caracteriza formalidade ou informalidade.
Preposição (A, de, em, por) + Artigo indefinido (um, uns, uma, umas) = Combinação (dum, duns, duma, dumas, num, nuns, numa, numas)
Exemplos:
A) O orador foi muito aplaudido numa de suas palestras.
O orador foi muito aplaudido em uma de suas palestras.
B) Ao participar dos cursos de Comunicação Verbal, certamente estará num ambiente próprio para suas necessidades da fala.
Ao participar dos cursos de Comunicação Verbal, certamente estará em um ambiente próprio para suas necessidades da fala.
Percebeu o contexto? Há um tom de informalidade e familiaridade nas mensagens, que poderia ter uma característica mais elaborada por parte do emissor, mas as combinações conferiram esta orientação.
Agora o uso de uma forma ou de outra só depende da sua escolha para se expressar no ambiente que você se está inserido, por isso, é importante esta avaliação.
O resto são pérolas de porcos. Não sei se fui claro, theorchidtree?
Barra da Costa.
Ó Paulo que diz da “estória” dos submarinos?! Também foi para tornar “sustentável” este país? E que me diz à dívida pública sempre a subir em flecha? Será porque diminuindo os funcionários públicos (não dirigentes) isso faz aumentar a dívida?! Estranho mesmo…
Com tudo que este sr. disse, tirei uma conclusão. Estamos perante um verdadeiro psicopata.
Analisando o que ele diz, todos os dirigentes políticos do mundo tiveram de num ou outro momento, tomar decisões que iam contra os interesses individuais ou colectivos.
Quer dizer, no fundo, pelas palavras dele, que todos os políticos são psicopatas.
Alguém diz: “não há roubo nenhum, há apenas um acautelar do futuro, para que o sistema seja sustentável dentro de 20,40,60 anos e não sejá apenas para encher os bolsos dos que estão agora a receber e ficar vazio para os que vêm a seguir”. Será que consegue sustentar essas afirmações com números? Porque caso contrário, é um simples ingénuo que repete a opinião dos opinadores da narrativa do regime. O sistema apenas não é sustentável porque os terroristas que nos desgovernam DECIDIRAM, por sua livre e psicopatica vontade dar o MEU e o VOSSO dinheiro para os criminosos da banca nacional e ESTRANGEIRA. Ao contrário da cambada de ingénuos que para aqui comentam, EU apresento FACTOS:
http://www.publico.pt/economia/noticia/ajudas-a-portugal-e-grecia-foram-resgates-aos-bancos-alemaes-1635405?page=-1
Os Bancos criam dinheiro de forma desregulada, mas não é para nós:
http://www.positivemoney.org/2014/08/7-10-mps-dont-know-creates-money-uk/
Criminalogista é que não. O autor é um ilustre Criminologista. Rosinha
Corrigido. Obrigado Rosinha pelo seu reparo.