O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) foi criticado no âmbito do mau tempo registado em especial nos dias 7 e 12 de Dezembro, com inundações e estragos vários. Mas o presidente da instituição salienta que os alertas emitidos foram ignorados porque estavam todos “concentrados no Mundial”.
“Se calhar devíamos ter agitado os sinos”. É assim que o presidente do IPMA, Miguel Miranda, diz que os alertas desta entidade foram ignorados. “Todos desvalorizaram, incluindo a comunicação social”, destaca o responsável em entrevista ao Expresso.
“Ao ver que ninguém respondia e que havia um problema, se calhar devíamos ter agitado os sinos. Estavam todos concentrados no Mundial”, lamenta ainda Miguel Miranda que nota que há “falta de procedimentos para desencadear acções”.
“O IPMA emitiu os alertas que tinha que emitir e comunicou com as autoridades que tinha de comunicar”, aponta o presidente do IPMA, embora admitindo que se pode sempre “fazer melhor”.
“Não está estabelecido um procedimento” a nível municipal, diz. “Para desencadearmos acções temos de ter procedimentos pré-estabelecidos: quando acontece isto, faz-se aquilo”, explica, salientando que esta “questão também surgiu nos incêndios de 2017, após um alerta vermelho de risco de incêndio”.
Além disso, também estamos perante um problema estrutural, nomeadamente em zonas habitacionais sensíveis a inundações, defende Miguel Miranda. Seria preciso “resolver o problema de habitação social na área de Lisboa” para acabar com este tipo de situações, aponta.
“Chuva foi um recorde absoluto desde 1856”
“Também há um problema de ciência que é o de sermos capazes de ver estes fenómenos de curta escala com mais antecedência”, repara o presidente do IPMA, frisando que a chuva destes últimos dias foi “um recorde absoluto desde 1856“.
“É um acontecimento centenário em termos de quantidade, mas em termos de intensidade registaram-se mais milímetros por hora no dia 7 de Dezembro”, destaca, notando que “em quantidade de precipitação foram alcançados novos extremos a 12 de Dezembro”.
As causas para isto são “as mudanças climáticas, mas os impactos têm mais a ver com a interação entre a chuva e o ordenamento do território“, alerta o líder do IPMA na entrevista.
“Estivemos ano e meio sem carros porque o ministro não assinou despacho”
Sobre o funcionamento do IPMA em si, Miguel Mirada diz ao Expresso que tem “óptimas infraestruturas” e “uma excelente equipa” em termos de recursos humanos, embora precise de ser “reforçada”.
O presidente do IPMA salienta que a instituição precisa de “reforços e de melhores salários”. “O que temos para oferecer a técnicos superiores é um salário da administração pública e uma vida infernal. Precisávamos de reter pessoas”, diz.
“Temos imensa dificuldade em contratar e reter informáticos que façam supercomputação e que estejam disponíveis em casa 24h/dia a receber um ordenado-base da administração pública”, acrescenta.
Miguel Miranda lamenta ainda “o volume de dinheiro que o IPMA recebe do Estado“, destacando que “se chegar para 60% dos salários já é muito”. “O resto é pago por projectos comunitários e da aeronáutica”, nota, revelando que “grande parte das despesas de funcionamento são pagas por fundos europeus”.
“Estivemos um ano e meio sem carros, porque o dr. João Leão [ex-ministro das Finanças] não assinou o despacho para a aquisição de viaturas para podermos monitorizar as nossas estações”, critica também, salientando que “os técnicos tiveram de usar os próprios carros para trabalhar”.
“Querem resolver a corrupção e deixam-nos numa vida infernal: obrigam a que cada despesa tenha um dossiê de 100 páginas e que nas aquisições vejamos se os fornecedores têm relações familiares com membros do Governo. Acham possível fazer isso em cada aquisição quando fazemos 3000 processos de aquisição por ano?”, questiona Miguel Miranda.
“E se os procedimentos atrasam a compra de uma peça, um radar pode ficar sem funcionar. O de Loulé ficou sem funcionar pelo menos duas vezes“, constata ainda.
Cambada de idiotas e incompetentes. Houve um dia em que recebi o alerta PROCIV sobre chuva forte e persistente e nada mais, no entanto, o vento soprava de forma intensa e fora do normal, que parecia que tudo ia pelos ares, mas o IPMA limitou-se a alertar sobre a chuva e deu o seu “trabalho” como concluído e foram dormir descansados. E a culpa foi do Mundial. Haja vergonha.
Quem não o conhecer que o compre.
País Atrasado.
Mais uma instituição que anda a reboque dum poder político incompetente e corrupto.!
País podre…nada funciona…
Estes fulanos quando fazem os procedimentos de simolaçoes…é tudo uma maravilha, tudo calha bem
Quando é a valer é uma borrada total…como hoje em Pedrogão etc.
Simolações…coisa linda…
É cada tiro cada melro
O IPMA , uma concentrada equipa de Futebol ; Viva Portugal e os doentes de Futebolite aguda !
Primeiro ponto. Esta pessoa não é presidente do IPMA. É presidente do conselho diretivo do IPMA constituído por um presidente e dois vogais, o que faz toda a diferença.
Segundo ponto. Como é que é possível alguém dizer tanto disparate numa entrevista tão curta?!!! A reposta é, sem noção.