Ao contrário do que foi noticiado, os documentos confidenciais da NATO roubados durante um ataque informático ao Estado-Maior General das Forças Armadas não estavam à venda na dark web, segundo a Ministra da Defesa.
A Ministra da Defesa, Helena Carreiras, confirmou na terça-feira numa reunião à porta fechada com a comissão parlamentar da Defesa que foram roubados documentos confidenciais da NATO ao Estado-Maior General das Forças Armadas durante um ciberataque. No entanto, a Ministra afirmou que os documentos não estavam à venda na “dark web”, como tinha sido inicialmente dito.
De acordo com o Expresso, a responsável pela pasta da Defesa também adiantou que houve uma intrusão na rede do Ministério, mas que esta não coincide com a rede de segurança onde supostamente circulam os documentos mais sensíveis.
As fontes do PSD, que solicitou a audiência, revelam ao Expresso que a governante fugiu bastante às perguntas usando o segredo de Estado como razão para não poder adiantar mais detalhes, mesmo com a reunião à porta fechada.
José Pinto Moreira, vice-presidente da bancada do PSD com a pasta da Defesa,diz mesmo que saiu da audição “mais intranquilo e mais preocupado do que já estava” , com as respostas “evasivas” da Ministra.
O partido vai ainda pedir audiências ao secretário de Estado da Digitalização Modernização Administrativa, ao diretor do Gabinete Nacional de Segurança e ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas.