A PT Portugal anunciou esta quinta-feira que vão ser feitas novas análises e testes para apurar as causas das indisposições sentidas ontem por 24 trabalhadores do call center de Beja.
Num comunicado enviado à agência Lusa, a PT informa que o call center de Beja, que estava fechado desde o dia 17 deste mês, após dezenas de trabalhadores terem sido levados para o hospital com sintomas de intoxicação, reabriu na segunda-feira com autorização da Direção Geral de Saúde (DGS) e da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).
A autorização foi concedida depois de terem sido feitos testes à qualidade do ar do interior do edifício e análises à qualidade da água do call center e tomadas medidas recomendadas por aquelas entidades, explica a PT.
Na quarta-feira, dois dias após a reabertura do call center, 24 trabalhadores “mostraram sintomas de indisposição“, indica a empresa, referindo que, depois de uma reunião com a ACT, foi decidido “encerrar as salas onde funciona” aquele serviço, “mantendo-se o restante edifício a funcionar normalmente”.
Agora, “serão realizados novas análises à qualidade de ar interior, conforto térmico e luminância e testes que se considerarem adequados ao apuramento das causas das indisposições”, informa a PT, referindo que “está a prestar todo o apoio” aos trabalhadores.
Na quarta-feira, 21 trabalhadores do call center da PT Portugal em Beja entraram nas urgências do hospital da cidade com sintomas de intoxicação, disse à agência Lusa fonte da unidade de saúde.
Segundo a fonte, os trabalhadores entraram com “náuseas, vómitos e ardor na garganta”, os mesmos sintomas dos casos registados nos dias 15 e 17 deste mês.
“Nenhum dos casos” que deram entrada no hospital na quarta-feira era “preocupante”, foi administrada “terapêutica para reverter os sintomas” e os 21 trabalhadores tiveram alta no próprio dia, descreveu a fonte.
No passado dia 15, dezassete trabalhadores do call center da PT em Beja foram levados para o hospital da cidade com sinais de intoxicação, situação que se repetiu dois dias depois, no dia 17, quando 41 trabalhadores do mesmo serviço também tiveram de ir para as urgências hospitalares devido a intoxicação, tendo todos tido alta horas mais tarde.
As pessoas apresentavam sintomas como vómitos, náuseas e ardor na garganta e, segundo os bombeiros de Beja, na origem dos casos de intoxicação terá estado um pesticida utilizado na desinfestação do edifício.
A desinfestação foi feita após queixas dos trabalhadores devido à existência de piolhos dos pombos.
/Lusa