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Regresso à escola: 5 dicas sobre a despedida, o choro, as alterações

Cinco indicações importantes, numa fase em que milhares de crianças regressam a (ou estreiam-se em) escolas e creches.

O ano lectivo 2022/23 vai começar na próxima semana, mais de um milhão de alunos vão voltar à sua escola. Ou estrear-se numa escola.

Entretanto, nestes primeiros dias de Setembro, milhares de crianças mais pequenas voltaram a estar com os seus amigos, nas creches.

Nesta fase, há algo que perturba imensos pais: o momento da separação. O momento em que se deixa o filho, ou a filha, no portão. E há choro, desespero, no primeiro dia, no segundo, no terceiro…

Por isso, a psicóloga Tânia Correia publicou um texto, no qual deixa cinco indicações importantes sobre esta fase de regressos, ou de estreias.

Uma fase de “adaptação” – que poderia nem ter este rótulo. A criança não tem de se adaptar; deve gostar do sítio, das pessoas. Sentir-se bem, não apenas adaptada (ou resignada).

Primeiro: não se deve forçar a despedida. Nem forçada, nem feita num lugar pouco caloroso, como o portão da escola. Isso não ajuda a criança.

Segundo, imitar o protocolo real em funerais e impedir que as crianças chorem também é má ideia. As crianças podem e devem revelar que estão tristes, que estão a sentir-se abandonadas, que vão sentir saudades dos pais. Não passam a ser “mariquinhas” por causa disso. As emoções são para aparecer, não para esconder.

Cada criança tem o seu ritmo. Nenhum pequeno é espectacular se a adaptação demorar um dia e nenhuma criança é uma “mimada” se a adaptação demorar um ano. E evite-se comparações.

Se a adaptação não correr bem, a responsabilidade não estará apenas na criança. Os pais e, sobretudo, a escola também devem ser incluídas na equação.

Por fim, é normal surgirem alterações de comportamento, maior dependência, outro tipo de reacções no regresso a casa. Sermões ficam no lixo; é melhor conversar, compreender, deixar a criança à vontade para exprimir o que está a acontecer nesta fase de sentimentos mais fortes.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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