O número de professores que mudaram de escola por motivos de doença diminuiu para metade, após anos a subir de forma significativa, segundo dados avançados pela Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).
Embora tenham sido feitos 7547 pedidos – contra 9459 no ano passado – só foram aprovados 4268 – em 2021, foram 8961. Houve, assim, uma redução para metade, revelaram os números, citados esta terça-feira pelo Expresso.
A DGAE informou igualmente que a capacidade de acolhimento por região não ficou esgotada em nenhum dos 10 quadros de zona pedagógica (QZP) e que o Norte continua a receber a maioria dos pedidos. A redução para metade se deve à mudança nas regras do concurso.
Numa audição recente no Parlamento, o ministro da Educação lembrou que, ao abrigo deste regime, havia professores a fazer “deslocações entre escolas do mesmo concelho, por vezes na mesma rua e sem um limite máximo”. Em casos como esse, a mudança dificilmente teria a ver com a condição de saúde do professor.
As novas regras determinam que o pedido de deslocação tem de ser para escolas a mais de um determinado raio de distância em relação àquela onde estava colocado, tendo ainda definido capacidades de acolhimento máximo por escola e estabelecido a necessidade de haver serviço docente a atribuir nessas escolas de destino.