Uma parte relevante do património da família real britânica está escondida em testamentos que foram mantidos secretos ao longo de várias gerações, num valor equivalente a 220 milhões de euros, distribuído por joias, propriedades e investimentos em dinheiro.
De acordo com o Guardian, em causa estão 33 testamentos que a família real tem conseguido manter em segredo, há mais de 100 anos, graças a um regime de exceção que a isenta da regra que obriga a tornar públicos os testamentos, como acontece com toda a gente que morre e deixa um documento desse tipo.
Como apontou o jornal, os bens em causa foram sendo distribuídos pela família real pelos familiares e amigos, mas é impossível quantificar oficialmente esses valores.
Contudo, uma análise aos registos públicos e outras informações que foram sendo tornadas públicas, o Guardian calcula que os ativos terão um valor equivalente a 187 milhões de libras esterlinas, perto de 220 milhões de euros.
O valor, apontou o diário, pode ser um pouco mais baixo porque pode haver alguma duplicação de registos.
Na próxima quarta-feira inicia um processo que vai deliberar sobre o que a isenção que beneficia a família real. No ano passado, numa audição em tribunal onde os jornais foram proibidos de estar presentes, foi decidido que o testamento do Príncipe Filipe, que morreu em abril de 2021, devia ser mantido em segredo.