O grupo parlamentar do Chega abandonou, esta quinta-feira, o plenário da Assembleia da República, acusando Augusto Santos Silva de não ser isento.
Após uma intervenção do líder do Chega, André Ventura, que acusou os imigrantes que vivem em Portugal de serem “subsidiodependentes”, o Presidente da Assembleia da República retorquiu.
“Enquanto presidente da Assembleia da República, considero que Portugal deve muito, mas muito, aos milhares de imigrantes que aqui trabalham”, disse Augusto Santos Silva, aplaudido por todas as bancadas parlamentares, à exceção da bancada do Chega, cujos 12 deputados responderam com pateadas.
“Não me impressiono nem com pateadas nem com volume de som”, atirou Santos Silva, citado pelo Jornal de Notícias.
Ainda durante as declarações de Santos Silva, os deputados do Chega abandonaram o hemiciclo.
Ainda antes das palavras de Ventura sobre os imigrantes, Santos Silva tinha defendido que Portugal deve ser, cada vez mais, um país “aberto, inclusivo e respeitador os outros”.
O Parlamento discutia uma proposta do Governo para agilizar a entrada e permanência de estrangeiros no país.
O líder da bancada parlamentar do Chega acusou o Presidente da Assembleia de ser “apoiante do PS”, algo que Santos Silva desvalorizou.
Depois, Augusto Santos Silva lançou uma farpa a André Ventura: “Sempre que o prestígio da Assembleia da República estiver em causa, pode ter a certeza que intervirei”.
O presidente do Chega anunciou, entretanto, que vai entregar, em setembro, uma moção de censura a Augusto Santos Silva.
“Aparentemente entrámos num novo normal e esse novo normal é o presidente da Assembleia tornar-se um deputado do partido maioritário. Pode ser aceitável, mas não é, porque viola Constituição”, disse Ventura. “Ele só implica com o Chega. É normal que o Chega reaja”.
“Temos que reagir a esta tirania”, atirou o líder do Chega. “Santos Silva tem que decidir se quer ser comentador, deputado do PS, ou presidente da Assembleia, que é o que ele não está a ser neste momento”.
A Assembleia da República aprovou hoje, em votação final global, o novo regime jurídico para estrangeiros em Portugal, com votos a favor do PS, PCP, BE e Livre, abstenções do PSD, IL e PAN, e ausência do Chega.
Na proposta do Governo que altera o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, entre outros aspetos, determina-se que a concessão de vistos de residência e de estada temporária a cidadãos nacionais de um Estado em que esteja em vigor o Acordo Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) não depende de parecer prévio do SEF, “sem prejuízo de a concessão de vistos ser comunicada ao SEF, para efeitos do exercício das suas competências em matéria de segurança interna”.
O chega agora virou-se só para as moções de censura. Se começasse a apresentar propostas válidas e úteis ao país , era mais esperto….
Chega do polémico Santos Silva, atacar o Chega. Se o quiser fazer que saia do alto e desça para o nível dos deputados e faça aí a sua intervenção. Lá em cima é para gerir os trabalhos do plenário, não para se valer da posição e fazer combate político. Isto é miserável.
Quem votou neste bando de arruaceiros que os ature agora.
Quem votou no Costa, agora que não venha gemer pela situaçãp que estamos a passar,, a nível geral , em Portugal.