A Ucrânia anunciou no domingo a retirada das suas forças da cidade de Lisichansk, o último reduto de Kiev na região oriental de Luhansk, pouco depois de Moscovo anunciar a ocupação daquela localidade.
“Depois de intensos combates por Lisichansk, as Forças Armadas da Ucrânia viram-se obrigadas a retirarem-se das suas posições e linhas ocupadas”, afirmou o Estado Maior das Forças Armadas ucranianas no Facebook.
Segundo o comunicado, a continuação dos combates pela defesa da cidade teria “consequências fatais”, face à vincada superioridade das forças ocupantes ao nível da artilharia, meios aéreos, sistemas de lançamento de mísseis, munições e pessoal.
“Para preservar a vida dos defensores ucranianos, tomou-se a decisão de se retirarem”, acrescentou, citado pela agência Lusa.
A “vontade e o patriotismo não são suficientes para o êxito” no combate com o exército russo, sendo necessários “recursos materiais e técnicos”, realçou o Estado Maior das Forças Armadas, num apelo indireto ao Ocidente para acelerar o fornecimento de armas a Kiev.
Numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, recusou a ideia de que Lisichansk estava sob controlo russo, assegurando que os combates continuavam na periferia da cidade, já depois de Moscovo ter anunciado a captura da cidade.
No entanto, na mesma declaração, Zelenskyy admitiu que havia sérios riscos de a região de Luhansk ficar completamente controlada por forças russas e que Lisichansk era o “ponto fraco” da defesa ucraniana.
Entretanto, a Rússia anunciou a conquista daquele território, através de um comunicado do Ministério da Defesa russo. “O ministro da Defesa russo, general Serguei Shoigu, informou o comandante supremo das Forças Armadas, Vladimir Putin, da libertação da República Popular de Lugansk”, lê-se no documento.
Este é um primeiro passo para a conquista territorial de todo o Donbass, de que faz parte ainda a região de Donetsk, na qual a Ucrânia ainda domina uma área significativa e tem vindo a reforçar trincheiras e barricadas há mais de um mês.
Ao ocupar Lisichansk, na zona leste da Ucrânia, o Kremlin passa a controlar toda a região do Luhansk, prevendo-se um intensificar de combates junto das cidades de Sloviansk e Kramatorsk, duas importantes localidades controladas pela Ucrânia na zona industrial do Donbass (leste ucraniano).
Desde a conquista de Lyman, no fim de maio, os russos estão a 30 quilómetros de distância de Sloviansk e a pouco mais de Kramatorsk, mas têm-se mantido na margem do rio Donets, que é um importante obstáculo ao avanço de ambos os lados.
Perto de 8000 civis permanecem na Severodonetsk ocupada e perto de 10 mil continuam na região ocupada de Lysychansk, segundo informações do governador de Luhansk, Serhai Haidai.
“Novo plano Marshall” para reconstruir a Ucrânia
Líderes de dezenas de países vão reunir-se esta segunda e terça-feira na Suíça para discutir um plano de reconstrução da Ucrânia. A conferência de Lugano conta com a participação de 38 países, entre os quais Portugal, que fará representar-se pelo ministro da Educação, João Costa. Zelenskyy intervirá por videoconferência.
O objetivo deste evento é reforçar o apoio financeiro à Ucrânia e discutir um programa para ajudar a reconstruir o país durante e depois da guerra.
Londres anuncia medidas de apoio à reconstrução
A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, apresenta esta segunda-feira um plano a longo prazo para ajudar na reconstrução da Ucrânia assim que a guerra com a Rússia terminar, avançou o seu gabinete no domingo.
Na Conferência sobre o Processo Recuperação da Ucrânia em Lugano, na Suíça, reunião internacional que irá decorrer hoje e terça-feira, Truss irá delinear os planos do Reino Unido para apoiar o país a curto prazo, através da ajuda humanitária, mas também a longo prazo para revitalizar o país, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
O Reino Unido também pretende trabalhar com Kiev e com os seus aliados para sediar a Conferência sobre o Processo Recuperação da Ucrânia em 2023 e irá estabelecer um escritório em Londres para ajudar a coordenar esses esforços.
Na quarta-feira, o Governo britânico anunciou que vai libertar mil milhões de libras (cerca de 1,16 mil milhões de euros) em ajuda militar adicional à Ucrânia para responder à invasão russa, incluindo sistemas de defesa antiaérea e ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados).
Estes novos fundos fazem com que a ajuda militar britânica a Kiev suba para 2,3 mil milhões de libras.
Israel cancela restrições à entrada de ucranianos
O Supremo Tribunal de Israel eliminou no domingo as restrições à entrada de ucranianos no país, depois do ministro do Interior ter limitado em março o número de refugiados da Ucrânia a entrar com um visto.
Ao abrigo dos regulamentos vigentes, os ucranianos não necessitam de visto para visitarem Israel por um período máximo de três meses. Em março, Ayelet Shaked disse que só seria permitida a permanência de cerca de 20 mil ucranianos que tivessem visto turístico ou estivessem no país ilegalmente antes da invasão russa.
Zelenskyy já elogiou a decisão do tribunal israelita. “O Estado de direito e o respeito pelos direitos humanos é exatamente o que distingue uma democracia verdadeira e desenvolvida”, escreveu no Twitter.
A obsessão anti-russa dos EUA está a levar à destruição da Ucrânia. País que poderia ter vivido em paz com a Rússia se a NATO a não tivesse obrigado a provocar a Rússia para lá de toda a razoabilidade. O mundo – e a Europa – seria muito mais feliz sem a NATO, mas os dirigentes europeus foram corrompidos pelos EUA. Competia-nos a nós inverter a situação, mas muitos europeus ainda não aprenderam a usar a democracia como instrumento para se livrarem de dirigentes corruptos.
J. Galvao, sem duvida os fofinhos americanos e alguns europeus, ja estão qual “abutres ” a espera de um pais destroçado, que ainda nao se conhece o fim. para depois de terem vendido ( nao se conhece a entrega) armamento e urnas, venderem a reconstruçao de mais um pais, e para nao serem sozinhos, hoje mesmo ” convidaram ” mais presenças para serem 38 e assim os culpados ficam escudados de acusações que os deveriam isolar na responsabilidade da destruição do Pais e de um povo, alguns destes convidados nem saberão do que se ira la falar, mas serão incentivados a fornecer escravos para os trabalhos duros em troca vamos la saber de que ? , fofinhos vamos pedir a PAZ.