Por ser um dos melhores do mundo e difícil de falsificar, o passaporte português pode valer mais de 10 mil euros no mercado negro.
Henley Passport Index, baseado em dados exclusivos da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), monitoriza regularmente os passaportes globais, indicando aqueles que são os melhores e os piores para os viajantes.
Com a capacidade de viajar livremente para 188 países, o passaporte português foi colocado entre os cinco melhores do mundo, no ano passado.
Além disso, é também um dos mais seguros do mundo, sendo altamente difícil de falsificar. Isto devido à sua emissão centralizada na Casa da Moeda e a vários elementos de segurança — alguns dos quais secretos.
No mercado negro, paga-se acima de dez mil euros por exemplar, avança o Jornal de Notícias este sábado.
Os passaportes que obrigam à obtenção de visto para entrar num país são normalmente vendidos no mercado negro a preços a rondar os 2 mil euros. Por sua vez, os passaportes que podem dispensar visto são adquiridos a partir de cinco mil euros, sendo mais ou menos caros de acordo com a dificuldade de os falsificar.
“É dos mais seguros do mundo”, atira a subdiretora da Direção Central de Emigração e Documentação do SEF, Helena Esteves. O facto de o passaporte português estar tão bem cotado, sugere a subdiretora do SEF, é graças à integração de Portugal na União Europeia, entre outros fatores.
“Todo o material que entra na Casa da Moeda é usado na emissão dos passaportes ou destruído. Não há sobras que possam ser aproveitadas em documentos falsos”, explica ainda Helena Esteve, em declarações ao JN.
“Muda de cor e tem as letras RP, de República Portuguesa, em relevo. É difícil de alcançar aquele efeito sem os produtos certificados”, acrescenta.
Há ainda um segundo nível de segurança com um chip que repete os dados biográficos originais ou informação microperfurada a laser só visível a contraluz; e um terceiro nível, cujos componentes de segurança são mantidos em segredo.
Quem tiver um passaporte português tem a possibilidade de “passar despercebido” nos controlos fronteiriços, o que faz com que o preço do passaporte luso dispare no mercado negro.