A segunda série portuguesa produzida para a Netflix já começou a ser gravada nos Açores. “Rabo de Peixe” é um thriller “com toques de humor sarcástico”, “inspirado livremente em factos reais” que conta a história de quatro amigos cuja “vida muda para sempre com a chegada de uma tonelada de cocaína”.
A série portuguesa de ficção “Rabo de Peixe”, realizada por Augusto Fraga e Patrícia Sequeira para a plataforma de streaming Netflix, já começou a ser rodada nos Açores, com produção da Ukbar Filmes.
Em comunicado, a Netflix revela que “Rabo de Peixe” foi um dos projectos selecionados num concurso de apoio à escrita de argumentos, lançado em 2020 em conjunto com o Instituto do Cinema e Audiovisual. Trata-se da segunda série portuguesa produzida em Portugal para a plataforma.
A série “Rabo de Peixe” será gravada em vários locais da ilha açoriana de São Miguel, nomeadamente Ribeira Grande, ilhéu de Vila Franca do Campo, lagoa das Sete Cidades e Furnas. Haverá ainda filmagens em Lisboa.
De acordo com a produção, “Rabo de Peixe” é um thriller “com toques de humor sarcástico” que é “inspirado livremente em factos reais”, relatando a história de “quatro amigos cuja vida mudou para sempre com a chegada de uma tonelada de cocaína“.
O elenco é encabeçado por José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás, André Leitão e Kelly Bailey, contando ainda com as participações de Maria João Bastos, Pepê Rapazote, Albano Jerónimo e Afonso Pimentel.
“Esta é uma série de puro entretenimento e adrenalina, mas, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre a fortuna e fatalidade da condição humana. Sendo eu açoriano, estou muito feliz por trazer esta aventura aos écrans da Netflix”, afirma o realizador e argumentista Augusto Fraga em comunicado.
Mini-polémica com sotaque e origem dos actores
A notícia da gravação da série para a Netflix foi acolhida com muito entusiasmo entre os açorianos. Mas há quem lamente que no elenco, não haja actores de Rabo de Peixe, freguesia da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, ou ainda quem repare que o sotaque dos protagonistas é muito diferente da forma como se fala naquela zona.
“Temos zero representatividade e quando surge a oportunidade de mostrar que somos pessoas humildes, divertidas, hospitaleiras”, vêm até Rabo de Peixe fazer uma série “associada a drogas”, lamenta, por seu turno, uma utilizadora do Twitter.
Em 2001, mais de uma tonelada e meia de cocaína deu à costa desta comunidade piscatória depois da avaria num iate que viajava para as Ilhas Baleares. Esse fenómeno marcou Rabo de Peixe, com muitas pessoas a consumirem a droga e a venderem-na. No fim, só foram recuperados pouco menos de 400 quilos.
Mas quanto à série, num tom mais bem humorado, há quem realce que está “curioso” para ver como será a tradução do nome da série para Inglês…
Acabo de descobrir que vai existir uma série na Netflix gravada nos Açores. Irá chamar-se ‘Rabo de Peixe’. Como açoriano estou super empolgado, não só por ver os Açores aparecerem na Netflix, mas também pq estou curioso se na tradução para inglês a série será ‘Fish Ass’.
— JARC (@JARCazores) May 18, 2022
Ninguém em Rabo de Peixe tem este aspeto. Aposto que vão fracassar miseravelmente no sotaque e que não vai ser mais do que um Lua Vermelha com ligeiramente menos dentadas (e dentes) https://t.co/PgfOj22bNa
— Luigi Pero 🍉 (@datboyluigi) May 18, 2022
Malta a queixar-se do José Condessa e da Kelly Bailey não serem de Rabo de Peixe. É, e o Benedict Cumberbatch e o Tom Holland não são americanos nem têm super-poderes. Quem diria que ser actor é representar o que não se é.
— Urso Tobias (@TobiasUrso) May 18, 2022
Olá, sou eu, o corneta do token micaelense que fez parte da writers room do Rabo de Peixe. Antes de abraçar o maravilho potêncial de meme que por aí vai, uma pequena ressalva: houve uma carrada de referências açorianas onde escarafunchámos e que espero que se revejam na série 🧵
— Francisco Afonso Lopes (@rtpazores) May 18, 2022
Aposto que nem vão pôr Sandro G.https://t.co/pPCvy0SHqX
— Lopes (@TangledLopes) May 18, 2022
“Rabo de Peixe” é a segunda produção original portuguesa feita para a Netflix depois de “Glória”, de Tiago Guedes, produzida pela SPi e estreada em Novembro passado.
A série filmada nos Açores é a primeira produção de ficção assinada por Augusto Fraga que tem trabalhado sobretudo em publicidade, juntamente com Patrícia Sequeira, autora de filmes como “Snu” e “Bem Bom”.
“Damsel” também está a ser filmado em Portugal
Esta semana também começou a ser rodado, em Portugal, o filme “Damsel”, produzido pela Netflix e realizado pelo espanhol Juan Carlos Fresnadillo.
Em declarações na semana passada à agência Lusa, o produtor Nick Page explicou que as filmagens de estúdio decorrem no Reino Unido e todas as cenas de exteriores do filme serão em Portugal, nomeadamente no Mosteiro da Batalha e no Convento de Cristo, em Tomar.
Esta produção surge no âmbito dos incentivos criados pelo Governo para fazer de Portugal um destino internacional de filmagens.
O filme conta com as participações de Millie Bobby Brown, Robin Wright, Angela Bassett e Nick Robinson, entre outros.
ZAP // Lusa
O drama, o horror… que situação dramática…
Faltou a tragédia…. Mas esse, também já foi….
É isso!… bem me parecia que estava a faltar alguma coisa…
Ehehehe!
É o teu cérebro, obviamente. Mas ainda não voltou!
Só de olhar para o elenco, já nem é preciso carregar no play. Deve ser uma qualidade…
Ainda bem que vão falar português do continente para se entender alguma coisa , senão teriam que pôr legendas. Existem sotaques nos Açores tão cerrados que não dá para entender nada.
Caro Jamiroquai. Falar português do Continente? Os meninos e meninas das telenovelas? Será antes falar português da Lapa… Ou da Linha … O que, como se sabe, liga muito bem com localidades como Rabo de Peixe, Câmara de Lobos, ou qualquer aldeia lá para as Beiras (sem desprimor para estas terras). Só espero que, a bem de algum realismo, não ponham aquelas carinhas larocas loiras e de olhos azuis como filhas de pescadores. A coisa fica ao nível das caricaturas do Herman José às novelas Mexicanas.
“Só espero que, a bem de algum realismo, não ponham aquelas carinhas larocas loiras e de olhos azuis como filhas de pescadores.”
Obviamente que não ó Original! Essas carinhas larocas loiras de olhos azuis não vão ser as filhas dos pescadores. Vão ser os próprios pescadores!
O povo português, insular e continental, adora fofocas…
Fofocas é brasileiro, portanto deves estar enganado no povo…
Assuntos sem interesse, “gossips”… está melhor, enjoado?