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“Não é ficção, ele existe”. BdP mostrou reservas de ouro aos jornalistas (mas nem todo está em Portugal)

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Miguel A. Lopes / Lusa

Banco de Portugal, ouro

Caixa-forte do Banco de Portugal onde estão armazenadas as reservas de ouro do Estado Português.

“Temos realmente ouro, não é ficção, ele existe”. É deste modo que o administrador do Banco de Portugal, Hélder Rosalino, inicia a visita, com jornalistas, à Casa Forte de Reserva, a caixa-forte do Banco de Portugal onde estão armazenadas as reservas de ouro do Estado Português.

Nesta Casa Forte situada no Carregado, em Alenquer, distrito de Lisboa, estão 45% das 382,5 toneladas de ouro que Portugal acumula. Trata-se da 14.ª maior reserva de ouro do mundo e da sexta maior da Europa Ocidental, à frente de Espanha.

Estas reservas de ouro valem agora, no total, mais de 19.796 milhões de euros, como revela aos jornalistas o administrador do Banco de Portugal (BdP), Hélder Rosalino, durante a visita guiada aos jornalistas.

Em 2021, estas reservas valorizaram 808 milhões de euros relativamente a 2020 “devido à evolução positiva da cotação da onça de ouro em euros”, designadamente “ao efeito da valorização do dólar face ao euro (+7,7%), uma vez que se verificou uma desvalorização do preço do ouro em dólares (-3,8%)”, segundo nota o BdP no relatório e contas divulgado esta terça-feira.

No Carregado, estão apenas 173 toneladas de ouro num total de 13.666 barras. Cada uma pesa cerca de 12 quilos, como apurou a Rádio Renascença no local.

Este ouro é verificado todos os anos por um auditor externo que avalia o seu grau de pureza e se cumpre os parâmetros que constam das contas do BdP.

As restantes reservas de ouro português estão em outros locais pelo mundo, pois, “por razões de gestão de risco, é relevante fazer uma distribuição geográfica“, explica Hélder Rosalino aos jornalistas.

186 toneladas de ouro no Banco de Inglaterra e outras 20 toneladas no Banco de Compensações Internacionais (BIS) no mesmo país.

Já as 4 toneladas que estavam na Reserva Federal de Nova Iorque rumaram ao Banco de França “com o objectivo de obter rentabilidades futuras e passar a sua localização para o Eurosistema”, explicam responsáveis do BdP citados pelo Correio da Manhã.

Apesar de estarem arrumadas e estáticas em prateleiras, estas reservas de ouro ajudam às contas do BdP. Em 2021, contribuíram para que a queda nos lucros se ficasse pelos 5%, o que permitiu entregar ao Estado dividendos de 406 milhões de euros.

ZAP //

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36 Comments

  1. Já agora pergunto, “por razões de gestão de risco” quantas toneladas de ouro de outros países estão guardadas em Portugal?

    • …ora aí está o mesmo que eu ia questionar.
      Mais de metade do ouro está “guardado” em Inglaterra? Estratégia interessante, não sei bem é qual o objetivo, nem quanto ouro inglês estará guardado cá…

  2. A 6ª MOEDA MAIS FORTE DO MUNDO

    “Há uns quarenta anos, o nosso país tinha a sexta moeda mais forte do mundo e a chamada pesada herança cifrava-se em 866 toneladas de ouro que o Banco de Portugal possuía para garantir a cobertura de toda a moeda portuguesa. Por outro lado, as nossas notas actuais estão cheias de símbolos maçónicos, coisa que antigamente não tinham. Isso mostra-nos também que a própria organização monetária do país está a cair em mãos de pessoas que se interessam não mais por Portugal, mas sim por cumprir ordens recebidas de grandes organizações internacionalistas.” – Rainer Daehnhardt

    Ler mais: https://www.apeiron-edicoes.com/products/do-rapto-da-europa-pelo-famigerado-euro-ao-papel-de-portugal/?fbclid=IwAR0u8GUpx4QQ86vVPB2-E9NbocUzyASfwWo6DwK9LJGpqbbaiSflLqcvIWs

  3. Não se esqueçam quem é que encheu os cofres com este ouro (e mais que entretanto já foi vendido). Foi o que morreu pobre … ao contrário dos atuais políticos.

    • Segundo dizem, o tal que morreu pobre, deixou 800 toneladas, não 300.
      A ser verdade, é caso para perguntar o que fizeram ás outras 500

      • O Estadista deixou 886 tons. em ouro no BdP e boas reservas de dinheiro, dólares e libras. Depois da data da perfídia, cleptocratas como são a maioria dos nossos democratas governantes, boa parte desapareceu!

        • Como diz o cão, se está nos meus dentes, é meu. Quando a Ângela Merkel tomou conta do poder, pediu a un organismo que tinha ouro alemão guardado, creio que em EUA, que lhe devolvesse parte desse ouro, e a resposta foi, que tinha que esperar alguns meses, porque naquela data não podiam satisfazer-lhe o pedido. Quando o Hugo Chaves decidiu enfrentar o “ocidente”, tratou de repatriar o ouro que tinha em EUA e RU, pois o de RU ficou la uma parte. Há muitos anos li um documentário, sobre uma caixa forte, numa cidade de EUA chamada Fort Knox, onde guardavam ouro de varios países. Certo dia, não sei porquê, foram lá de surpresa para fazer um inventário ou investigação, e não havia lá nada

      • Outros tempos, outras realidades e outra europa.

        A interpretação dos factos é muito difícil porque como seres humanos não nos conseguimos distanciar das emoções.

        Mas quando ele morreu, Portugal tinha uma moeda forte e mais do dobro do ouro que tem hoje. Quer gostes ou não, e por muito que se tente mudar a historia os factos não mudam.
        Tens razão que o pais internamente passava por bastante miséria e muito pouca liberdade, também são factos. Mas isso não muda que tínhamos uma fortuna e éramos respeitados e ao fim de 50 anos não temos nada, passamos por 2 resgates e somos uma piada no conceito europeu.

        á 50 anos, praticamente toda a europa sofria o mesmo que Portugal, não existia classe media, a liberdade era um conceito estranho.
        Hoje toda a europa evolui, mas enquanto outros países evoluíram através da produção de riqueza, Portugal evoluiu através da venda e alienação de riqueza. isto foi visível tanto em governos de esquerda com a garantia de direitos fundamentais mas sem a exigência de deveres também eles fundamentais, e em governos de direita com a necessidade de obter liquidez para pagar dividas.
        O Cavaco foi talvez quem mais vendeu mas o Socrates e o Soares foram dos que mais endividaram o pais. Infelizmente nenhum destes se preocupou com a produtividade e chegou um momento em que o resto da Europa entrou em velocidade cruzeiro a nível de crescimento e Portugal foi vendendo ouro e património para acompanhar o crescimento dos outros.

  4. Muito mau trabalho jornalístico por parte de todos os meios de comunicação social que fizeram a cobertura deste evento.
    Ninguém falou do ouro desaparecido nem dos responsáveis pelo seu desaparecimento

    Muito triste.

  5. Trabalho de fraca qualidade com a censura democrática a abafar a História deste bem nacional.
    As reservas chegaram a ser as 5.ª\s maiores do mundo, com 886 tons. de ouro.
    Tal obra foi conseguida pela excelente gestão do Prof. Oliveira Salazar e por este motivo, é alvo de muuuita inveja e ódio, características típicas da gente medíocre que tem arruinado e empobrecido os portugueses…. e que parecem gostar!

    • Excelente gestão e deixou Portugal na miséria e o povo a passar fome – enquanto ele viva à grande – que grande gestor!!
      Os outros países até tinham inveja do desenvolvimento e da qualidade de vida de Portugal….

  6. É bom que Portugal se porte bem e faça sempre aquilo que a EU e os estados unidos querem, caso contrário ainda vais ver o nosso ouro confiscado. Ninguém está a salvo neste momento, nem pessoas nem estados, veja-se o assalto que foi feito às reservas da Rússia. Estes confiscos como bem sabemos nunca são temporários, uma vez confiscados estão perdidos

  7. O estado devia vender, para pagar as dívidas, depois baixava os impostos, e o poder de compra de toda a gente era amais folgado.

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