Portugal apreendeu um lote de vacinas da Moderna contra a covid-19 por causa da “presença de um corpo estranho”.
De acordo com a Infarmed, os frascos do lote com defeito não chegaram a ser distribuídos pelos centros de vacinação.
As autoridades de saúde vão destruir o lote de vacinas da Moderna enviado para Portugal, onde foi detetada a “presença de um corpo estranho nos frascos“.
A informação foi avançada pelo Infarmed, autoridade que gere os medicamentos e produtos de saúde, num comunicado publicado este domingo.
De acordo com a nota informativa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Agência Espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários (AEMPS) avisaram os Estados-membros de que foi detetado um “defeito de qualidade” no lote 000190A da vacina, fabricado no laboratório da Moderna em Espanha. O Infarmed não esclarece no comunicado que corpo estranho foi encontrado nos frascos.
O lote foi também recebido em Espanha, na Suécia, na Polónia e na Noruega, mas foi “rapidamente identificado” pelas autoridades de saúde portuguesas e não chegou a ser distribuído por nenhum centro de vacinação, segundo a Infarmed.
O lote continua no armazém central para ser destruído “em articulação e sob responsabilidade do fabricante”.
Quarta dose para maiores de 80 anos
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) dizem que é ainda “demasiado cedo” para se considerar a administração de uma quarta dose da vacina contra a covid-19.
No entendimento das agências, o reforço da vacinação “pode ser dado” a pessoas com mais de 80 anos, sendo ainda “muito cedo para considerar a utilização de uma quarta dose das vacinas, mRNA da Pfizer ou da Moderna, na população geral”.
Os idosos são os únicos beneficiários de uma quarta dose, de acordo com “uma revisão dos dados sobre o maior risco de doença grave nesse grupo etário e sobre a proteção conferida por uma quarta dose”, lê-se numa nota enviada à comunicação social, citada pelo Expresso.
Abaixo dessa idade, o reforço com a quarta dose não se justifica. “Atualmente, não há evidência de que o reforço da proteção vacinal contra a doença grave tenha ganhos substanciais nos adultos dos 60 aos 79 anos com um sistema imunológico normal e, por isso, qualquer evidência que justifique o uso imediato de uma quarta dose”.