O novo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, enumerou esta quinta-feira as prioridades do seu ministério, garantindo estar empenhado na aposta nas energias renováveis.
O ministro do Ambiente e Ação Climática afastou em absoluto, esta sexta-feira, a possibilidade de Portugal reativar as centrais a carvão e adiar a descarbonização para responder a atual crise energética, insistindo na aceleração da aposta nas renováveis.
A posição foi transmitida por Duarte Cordeiro na intervenção que proferiu no segundo e último dia de debate do Programa do Governo na Assembleia da República.
Duarte Cordeiro afirmou que o Governo não defende uma resposta qualquer à crise energética, “mas uma que acautele os limites do sistema natural”. “Por isso, não pretendemos reativar as centrais a carvão que tantos, tantas vezes, insistem que consideremos.”
“Esses, os defensores de uma economia dependente e de uma descarbonização adiada, nem pensam no preço absurdo que a eletricidade atingiria, tendo em conta os seus custos da produção. E também não consideraram a falta de segurança que representaria a dependência de um mercado, o do carvão, dominado pela Rússia”, alegou o membro do Governo.
A resposta à crise energética, segundo o membro do Executivo, assume como primeiro objetivo “negociar mecanismos que nos permitam desligar o preço da eletricidade do preço do gás natural”.
Em segundo, de acordo com Cordeiro, impõe-se “acelerar, sem diminuir os controlos ambientais, os projetos de fonte renováveis, nomeadamente a partir da energia solar e eólica, permitindo poupar [energia] hídrica e conquistando maior autonomia face aos combustíveis fosseis”.
“Terceiro, é preciso criar almofadas para diminuir o preço junto dos consumidores, domésticos e industriais” e “quarto, temos de reforçar a diversificação de fornecedores de produtos energéticos, aumentar as interligações, evitando a armadilha de dependência da Rússia e apostando na nossa soberania e progressiva autonomia”, acrescentou.
ZAP // Lusa
Só mostra que nada entende de gestão energética. Preparem-se para os apagões…
100% de acordo! Nada contra as renováveis, pelo contrário, mas esta ideia que SÓ devemos ter renováveis é perigosa.
E quem disse que só devíamos ter renováveis?!
Bom, o Ministro não quer carvão, não quer nuclear, e torce o nariz ao gás (e a todos os combustíveis fósseis em geral), o que é que sobra?
O ministro não quer nuclear? Não sei…
O carvão não interessa a ninguém, o gás tem que ser importado (e representa uma boa parte da produção) e a energia nuclear parece-me bem.
Além disso há biomassa, cogeração, etc…
Só fala em apagões quem não percebe nada do assunto…
É importante um sistema onde existam várias fontes de energia de origens diferentes que se complementem – o que já acontece em Portugal.
Mais disparates…
Devias saber que as centrais de ciclo combinado de gás natural (etc) evitam essas interrupções.
Isto já para não falar na interligação eléctrica europeia.