Luis Díaz seguiu para Liverpool e pode tornar-se na maior venda de sempre. Espanhóis destacam estratégia de Pinto da Costa.
“Nas grandes empresas e grandes clubes o planeamento é feito em função dos objectivos. Quando existe pouco planeamento, ou quando não há planeamento, temos de rever os objectivos” – as lamentações foram de Sérgio Conceição, em entrevista rápida à Sport TV, depois da vitória caseira do FC Porto por 2-1 contra o Marítimo.
O treinador dos portistas não ficou satisfeito com a saída de Luis Díaz para o Liverpool. Dias antes da confirmação do negócio, já tinha sido divulgada a ideia de que Sérgio Conceição não queria ficar sem Díaz durante a presente temporada.
O aspecto financeiro superou o aspecto desportivo. E é precisamente o lado financeiro que não escapa ao jornal Marca.
Os espanhóis lembram que, graças a esta venda, as transferências ultrapassaram a movimentação de 800 milhões de euros (823 milhões, mais precisamente). E só desde 2011, ano “de ouro” na equipa comandada por André Villas-Boas.
Os dados disponibilizados pelo portal Transfermarkt mostram que Éder Militão foi a transferência mais cara: 50 milhões de euros pagos pelo Real Madrid, em 2019.
Logo a seguir aparece precisamente Luis Díaz, ao lado de Mangala e de James – todos custaram 45 milhões. Mas Díaz poderá ser a transferência mais cara de sempre no Dragão, porque o Liverpool pode chegar aos 60 milhões de euros, dependendo de objectivos.
Hulk, Falcao, Fábio Silva, André Silva, Jackson Martínez e Danilo completam o top-10 dos negócios mais elevados de sempre no FC Porto.
Todos acima de 31.5 milhões de euros e todos concretizados desde 2011; o primeiro foi Falcao, há pouco mais de uma década, quando foi contratado pelo Atlético de Madrid por 40 milhões de euros.
No mesmo período, entre 2011 e 2022, o FC Porto gastou menos de metade em reforços: 407 milhões de euros.
Seguem-se três transferências um pouco mais antigas, mas todas por 30 milhões ou mais: Anderson, Pepe e Ricardo Carvalho.
Comprar barato e vender caro. É uma estratégia repetida do presidente Pinto da Costa, com sucesso.
Há que investigar esses negócios da bola…