O governo justifica os atrasos com os constrangimentos da pandemia. A promessa que de todos os alunos teriam computadores e acesso à internet neste ano letivo foi feita por António Costa em Abril de 2020.
Segundo avança o Correio da Manhã, nas últimas semanas, as escolas públicas receberam apenas algumas centenas dos 600 mil computadores prometidos pelo governo na primeira fase da iniciativa. Caso o executivo decrete o regresso do ensino remoto, há muitas crianças que vão continuar sem ter computador face ao atraso nas entregas neste segundo momento do programa .
Em declarações ao CM, o Ministério da Educação avança que “os 600 mil computadores estão já a chegar às escolas à medida que vão sendo entregues pelos fornecedores”, mas não especifica o número de portáteis que já chegou às mãos dos estudantes e justifica os atrasos com os constrangimentos da pandemia.
“Os fornecedores têm estado a braços com a conhecida escassez do mercado de componentes informáticos, bem como com as conhecidas vicissitudes ao nível do transporte de mercadorias”, afirma, e sublinha que “os 450 mil computadores entregues na primeira fase” foram para os alunos e professores mais carenciados.
Esta é mais uma preocupação que se junta à lista de argumentos dos diretores das escolas e líderes sindicais que se opõem a uma eventual prolongação do período de contenção que leve a que o regresso às aulas depois das férias do Natal seja adiado.
Entre os ajustes difíceis no calendário, o impacto pedagógico e as consequências para a exaustão e saúde mental de alunos e professores, são várias as críticas apontadas.
“Já chega de adiamentos e de mudanças no calendário escolar por culpa da sociedade. Quando a sociedade não tem juízo, a escola é que paga e era muito mau se essa fosse a solução”, considera Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
A promessa de António Costa de que todos os alunos teriam computador e acesso à internet no início deste ano letivo foi feita a 11 de Abril de 2020. Mais de 20 meses depois, continua por cumprir.
Os contratos para o fornecimento dos 600 mil computadores foram assinados com seis empresas — Inforlândia, Claranet, CTT, Informatem, Meo e Multimac — e custaram 163 milhões de euros. Os computadores são emprestados aos alunos e têm de ser devolvidos quando já não são necessários.
Ainda acreditam em promessas de propagandistas e aldrabões…..