A crise dos “chips” está a afetar a produção a nível mundial, fazendo com que um carro novo possa demorar até um ano a chegar ao seu comprador. A situação está a fazer subir o preço dos usados em 20%.
Atualmente, comprar um carro não é uma tarefa fácil. Com a escassez de semicondutores a obrigar os fabricantes a reduzir a produção, tem havido vários atrasos no mercado das viaturas novas.
Devido à crise dos chips – que faz com que comprar um carro novo seja menos aliciante -, mas também com o travão económico da pandemia, o mercado de usados está assim a caminho de níveis mínimos de stock, o que está a gerar um aumento nos preços. Este problema faz com que o preço dos usados suba em 20%, em alguns casos, noticia o jornal Público.
“Com a procura em alta e a oferta em baixa, os preços sobem. É a economia a funcionar. Comprar um Seat León hoje custa mais 20% do que custava há seis meses”, refere Hugo Filipe, gestor de marketing da Benecar, um grupo sediado no distrito de Leiria.
Nuno Castel-Branco, diretor-geral do Stand Virtual, partilha a mesma opinião. Os dados do Stand Virtual apontam para uma descida no número de anúncios de carros usados abaixo de 20 mil euros e um aumento claro na contagem de anúncios para carros que são postos no mercado a preços superiores a 20 mil euros.
O mesmo portal nota que um Sedan usado, anunciado para venda, custa em média 21.500 euros, um aumento de 10% face a dezembro de 2020. Já um SUV tinha preços médios entre 19.500 e 20 mil euros, em outubro a mesma média já tinha subido para entre 21 mil e 21.500 euros.
Hugo Filipe acredita que a dificuldade em encontrar stock e a concomitante alta de preço vai manter-se “pelo menos até ao verão de 2022”.
Américo Barroso, dono de vários stands no Minho, admite que a situação ainda pode piorar antes de melhorar em 2022. “É um problema que não tem solução à vista. Não sabemos se será no primeiro, no segundo ou no terceiro trimestre de 2022 que voltaremos a ter um mercado regularizado. Este ano senti mais dificuldade em garantir stock”, realçou em declarações ao Público.
Será a crise dos chips ou a da globalização que nos pôs dependentes dos países asiáticos em quase tudo? A pior crise que sofremos é termos políticos por esta Europa mais adequados a frangos de aviário do que a responsável seja do que for!